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Marcha da Maconha no Rio pede legalização popular da Cannabis

Marcha da Maconha no Rio pede legalização popular da Cannabis

No último sábado aconteceu a Marcha da Maconha no Rio de Janeiro pedindo não só a legalização da Cannabis, mas que as favelas sejam incluídas no processo

Publicado em

8 de maio de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Marcha da Maconha no Rio pede legalização popular da Cannabis

A princípio, está aberta a temporada de Marchas da Maconha com a Marcha do Rio! No dia 6 de maio, a primeira manifestação a levar milhares de pessoas para pedir a regulamentação da Cannabis aconteceu na capital carioca. Dessa forma, entre os pedidos dos manifestantes, estavam, além da legalização da planta, uma legalização que inclua as favelas, o fim da Guerra às Drogas e a liberdade para plantar o próprio medicamento.

A manifestação acontece na cidade desde 2002, sempre na orla da praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, pontualmente às 16h20. Desde que começou, tradicionalmente, o ato acontece na primeira semana de maio, na mesma data de outras cidades do mundo, como Nova York e Toronto.

Maconha líquida também é maconha

Nesse sentido, se tornou uma tradição na Marcha da Maconha do Rio a ala medicinal, puxada pela Apepi. Por analogia, comparando com um desfile de escolas de samba, é o abre-alas. E, nesse, ano com alegorias elaboradas especialmente para o ato.

Um grande frasco inflável de óleo de CBD trazia a frase “Maconha líquida também é maconha”, mostrando que os produtos industrializados e as flores in natura têm origem da mesma planta.

Uma planta de Cannabis e um frasco inflável eram o abre-alas da Marcha da Maconha do Rio

Uma planta de Cannabis e um frasco inflável eram o abre-alas da Marcha da Maconha do Rio | Foto: Fabricio Sousa

Na mesma ala, uma planta de Cannabis marchou até a Praia do Arpoador, no final do trajeto da marcha, para ser oferecida para Iemanjá. A planta estava em um barco e levada até o mar, como oferenda para a grande Rainha dos Mares nas religiões afrobrasileiras. Assim, essa parte da cerimônia levou axé para a manifestação.

Por uma legalização popular e pelo fim do massacre aos pobres

Outras faixas que estavam na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro passavam mais recados: “Por uma legalização popular” e “Fim do massacre aos pobres”. Em resumo, uma grande preocupação dos que marchavam era a de que a regulamentação da Cannabis possa ser feita de uma forma que não dê acesso, para as camadas mais pobres da população, a essa medicina. Do mesmo modo, eles têm o receio de que, mesmo que a planta seja legalizada, as operações policiais continuem violando os direitos de moradores de favelas.

Placa na Marcha da Maconha do Rio onde se lê: Fim do Massacre aos Pobres

Foto: Charles Lago

Por isso, vai acontecer no dia 22 de julho a Marcha das Favelas. Um ato que também pede a legalização de todos os usos da Cannabis, que pessoas mais pobres tenham acesso aos tratamentos com canabinoides e que a violência da proibição pare.

Por outro lado, tivemos também os pedidos pela regulamentação do cultivo doméstico da Cannabis. Consequentemente, os manifestantes argumentavam que a forma mais simples de permitir o acesso aos tratamentos com a planta é permitir que as pessoas cultivem o próprio remédio.

Cultivo doméstico também é reivindicação da Marcha da Maconha do Rio

Cultivo doméstico também é reivindicação da Marcha da Maconha do Rio | Foto: Charles Lago

Marchas da Maconha por todo o país

A manifestação aconteceu pacificamente e percorreu o trajeto de pouco mais de 2km com muita música, fantasias e pessoas de todas as idades.

Apesar de ter sido no Rio a primeira Marcha da Maconha de 2023 no Brasil, aqui não é a única cidade que sedia o ato. Então, confira abaixo as datas confirmadas de marchas em outros lugares:

  • 13/5 – Teresina/PI;
    – Porto Alegre/RS – Saída dos Arcos da Redenção;
  • 20/5 – Recife/PE – Rua Aurora;
    – Ribeirão Preto/SP – Esplanada Teatro Pedro II;
  • 21/5 – Caucaia/CE – Rua Mário Adrião Silveira;
    – Joinville/SC;
    – Brasília/DF – Esplanada dos Ministérios;
  • 27/5 – Campinas/SP – Largo do Rosário;
  • 28/5 – Fortaleza/CE – Av. Beira-Mar;
    – Aracaju/SE – Pista de Skate Cara de Sapo;
    – Jaboatão/PE – Praça do Rosário;
  • 3/6 – Bauru/SP – Parque Vitória Régia;
  • 4/6 – Sandro André/SP – Rua das Caneleiras;
  • 10/6 – João Pessoa/PB – Praça Antenor Navarro;
  • 12/6 – Chapada dos Veadeiros/GO;
  • 17/6 – São Paulo/SP – MASP;
  • 24/6 – Guarulhos/SP – Rua 9 de Julho;
  • 8/7 – São Bernardo do Campo – Praça Brasil Zanella;
  • 22/7 – Marcha das Favelas/RJ;
  • 25/11 – Salvador/BA;
Manifestantes da Marcha da Maconha do Rio pedem menos TDAH e mais THC

Manifestantes da Marcha da Maconha do Rio pedem menos TDAH e mais THC | Foto: Fabricio Sousa

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