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HIV em idosos: aumento de casos exige campanhas específicas e abordagem personalizada

HIV em idosos: aumento de casos exige campanhas específicas e abordagem personalizada

O aumento de HIV entre idosos exige ações de prevenção mais eficazes e um olhar atento para as necessidades de tratamento dessa faixa etária, incluindo alternativas como o uso de Cannabis medicinal

Publicado em

10 de dezembro de 2024

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

HIV em idosos

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de novos casos de HIV em idosos registrou um aumento de mais de 400%  na última década. Em 2012, foram notificados 378 casos nessa faixa etária, enquanto, em 2022, esse número chegou a 1.951.

Mesmo reconhecido globalmente por sua abordagem humanizada no combate ao HIV por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil enfrenta novos desafios. Durante o Dezembro Vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017 para conscientizar sobre o HIV, a Aids e outras ISTs, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) fez um alerta para o aumento de casos entre a população idosa, reforçando a importância de ações voltadas para esse público.

O geriatra e presidente da entidade, Dr. Marco Túlio Cintra, destaca que esses números ressaltam a necessidade de orientar a população 60+ sobre medidas de prevenção e que esse aumento não tem uma única causa. Ele aponta como primeiro fator o baixo uso de preservativos, já que muitos idosos não se preocupam mais com gravidez.

“É essencial que essa faixa etária entenda que o preservativo não é apenas um método contraceptivo, mas também uma proteção eficaz contra diversas infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV.”

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Cannabis e os sintomas do tratamento do HIV

Outro fator é a popularização de medicamentos para disfunção erétil, que prolongaram a vida sexual de muitos homens.

“Mesmo quando o idoso apresenta sintomas, como emagrecimento acentuado, a suspeita dos médicos geralmente recai sobre câncer ou outras doenças, raramente sobre o HIV. Esse ainda é um tabu nos consultórios. É um equívoco acreditar que idosos não tenham libido ou vida sexual ativa, o que compromete tanto a prevenção quanto o diagnóstico precoce da doença.”

HIV em idosos: a urgência de incluir a faixa etária nas campanhas de conscientização

O médico ressalta a necessidade de campanhas como o Dezembro Vermelho também incluírem os idosos. O foco predominante nos mais jovens faz com que essa parcela da população seja negligenciada e fique à margem das ações de conscientização.

Atualmente, há tratamentos eficazes para o controle do HIV, conhecidos como terapias antirretrovirais (TARV). Esses tratamentos ajudam a reduzir a carga viral no organismo, permitindo que as pessoas vivam com mais saúde e qualidade de vida. No entanto, para idosos que convivem com HIV, o uso desses medicamentos requer cuidados específicos devido à presença frequente de comorbidades, como doenças crônicas.

Entre a imunossenescência e os desafios terapêuticos

Em nota, o geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Marco Túlio Cintra, destaca que o tratamento deve ser personalizado para evitar impactos negativos em órgãos como rins, coração e ossos, que podem ser mais vulneráveis nesta faixa etária.

Além disso, devido à interação medicamentosa com fármacos usados para tratar condições comuns, como diabetes, dislipidemia e hipertensão, pode ser necessário ajustar dosagens ou substituir princípios ativos. O principal objetivo desse ajuste é manter a eficácia da terapia antirretroviral sem comprometer o controle de outras doenças.

“Essa faixa etária, geralmente, apresenta uma alteração no sistema imunológico chamada imunossenescência, que é a modificação da imunidade causada pelo envelhecimento. Muitos idosos fazem uso de múltiplos medicamentos, o que, ao ser combinado com a infecção pelo HIV, pode gerar complicações. Esses pacientes tendem a ter uma imunidade mais comprometida, manifestações mais graves da doença e maior dificuldade no tratamento, além de um risco maior de interações medicamentosas. Por isso, o tratamento é mais desafiador.”

Os benefícios da Cannabis medicinal 

A Dra. Mariana Alcazas, infectologista, destaca que, mesmo com carga viral indetectável e altos níveis de CD4, o HIV permanece no organismo de forma latente, provocando inflamação crônica em sistemas como o nervoso central. “ Mesmo sem doenças oportunista, trata-se de um paciente que é cronicamente inflamado. Nesse sentido, o CBD é um excelente já que  atua desinflamando o sistema nervoso central, sendo uma indicação clara para esses pacientes”, explica a médica.

Além disso, o Canabidiol (CBD) apresenta benefícios para pacientes idosos, incluindo o retardamento de processos demenciais e a degeneração do sistema nervoso. “O próprio HIV acelera o envelhecimento cerebral, e o CBD, que também é um imunomodulador, ajuda no controle da doença, favorecendo o sistema de defesa do organismo”, completa. 

Importante!

Para incluir medicamentos à base de Cannabis no tratamento de qualquer condição, é essencial contar com o acompanhamento de um profissional de saúde. O médico avaliará detalhadamente o caso e, se indicado, poderá prescrever o uso de produtos com Canabinoides.

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Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

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