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Para tratar epilepsia refratária, CBD pode ser a solução

Para tratar epilepsia refratária, CBD pode ser a solução

Em pacientes com a epilepsia refratária, aquela resistente aos medicamentos convencionais, o CBD isolado ajudou a reduzir o número de crises

Publicado em

1 de novembro de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Para tratar epilepsia refratária, CBD pode ser a solução

A epilepsia refratária é uma condição de saúde que impõe desafios imensos para os pacientes e suas famílias, além dos médicos, que buscam incessantemente novas maneiras de ajudar essas pessoas. Nesses casos, mesmo depois de tentarem diferentes tipos de medicação, as convulsões são frequentes e afetam a qualidade de vida e o desenvolvimento, sobretudo, quando em indivíduos jovens.

Nos últimos anos, pesquisadores mundo afora identificam que a Cannabis e os seus componentes são uma possibilidade para combater a epilepsia refratária. Isso acontece porque a planta reduz drasticamente o número de convulsões e contribui para que os médicos possam, dessa forma, reduzir a medicação convencional, que antes era usada.

Nesse contexto, cientistas de Israel realizaram uma novo estudo retrospectivo multicêntrico, para avaliar como o canabidiol (CBD) isolado contribui para o tratamento de pacientes com epilepsia refratária. Esse tipo de estudo faz uma análise de registros médicos de pacientes com essa condição, que foram tratados em diferentes centros médicos israelenses.

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Tratando epilepsia refratária com CBD

Para o artigo Real-Life experience with purified cannabidiol treatment for refractory epilepsy: A multicenter retrospective study, os cientistas tiveram acesso aos registros médicos de 139 jovens e crianças com epilepsia refratária. Esses pacientes foram tratados com CBD isolado, entre os anos de 2018 e 2022,  e trouxeram dados encorajadores.

Os resultados revelaram que o CBD isolado foi eficaz na redução da frequência das convulsões em uma parte considerável dos pacientes. Entre todos os voluntários, 92% deles tiveram uma diminuição na frequência das crises. Entre esses que tiveram redução, 41% passaram a ter menos da metade das convulsões que tinham antes de incluir o canabidiol.

Além disso, 38% de todos os pacientes tiveram experiências positivas com a inclusão do CBD no tratamento. Incluindo melhora no estado de alerta, comunicação verbal e outros passos no desenvolvimento.

Melhor para os reincidentes

Entre os pacientes com epilepsia refratária, os diagnósticos mais comuns incluem algumas síndromes raras como a síndrome de Lennox-Gastaut, de Dravet e também a esclerose tuberosa. Geralmente, elas aparecem em pacientes muito jovens, muitos ainda nos primeiros meses de vida. Assim, acaba sendo mais fácil incluir a Cannabis nesses jovens, que ainda não criaram nenhum tipo de resistência à planta.

Os pesquisadores observaram uma outra relação curiosa entre os pacientes com epilepsia refratária e o CBD. Aqueles que já haviam passado por tratamento com canabidiol anteriormente experimentaram uma maior redução nas crises.

Além de sua eficácia, o CBD isolado não teve problemas de tolerância entre os pacientes. Os efeitos adversos do uso da planta são consideravelmente leves, se comparados à medicação convencional. Os efeitos mais comuns incluem sonolência e irritabilidade. Outro detalhe importante é que o uso concomitante do composto da Cannabis com outros tratamentos, como ácido valproico e clobazam, não influenciaram significativamente na eficácia do CBD.

Os vários tipos de CBD

Este estudo com o uso do CBD isolado trouxe uma esperança para aquele que têm a epilepsia refratária. Os produtos com CBD isolado passam por um processo industrial, para separar a molécula desse canabinoide de outros compostos produzidos pela planta, como outros canabinoides, terpenos e flavonoides. Esse tipo de produto é benéfico para pessoas com intolerância aos outros canabinoides, como o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). Por outro lado, existem outras opções de produtos com CBD, que contêm todos os componentes da planta (conhecido como full spectrum ou espectro completo). Da mesma forma, outras composições excluem somente o THC (broad spectrum ou espectro amplo).

Nesse sentido, um estudo de 2022 apontou os extratos com espectro completo como mais eficientes que o isolado, em pacientes com epilepsia. Isso sugere que os outros componentes da planta também exercem suas propriedades medicinais nesses casos. Porém, somente um profissional da saúde pode orientar os pacientes sobre qual produto utilizar para trazer mais benefícios.

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