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Estudo: o impacto da Cannabis no envelhecimento

Estudo: o impacto da Cannabis no envelhecimento

Pesquisadores dinamarqueses observaram benefícios cognitivos em pessoas que usaram Cannabis ao longo da vida

Publicado em

4 de dezembro de 2024

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Estudo: o impacto da Cannabis no envelhecimento

No seu livro mais recente, As Flores do Bem, o neurocientista Sidarta Ribeiro escreveu um capítulo sobre o envelhecimento acompanhado da Cannabis. Com o título “Envelhecendo com as flores”, o autor é enfático.

“Com exceção de crianças e adolescentes com alguma patologia, maconha é coisa de velho.”

No texto, ele aponta como os canabinoides podem contribuir para um envelhecimento saudável e com qualidade de vida. Por muito tempo, acreditava-se que os compostos da planta prejudicavam a cognição, especialmente em quem já usava há muito tempo. No entanto, a ciência mostra o contrário, dando respaldo às palavras de Sidarta.

Estudos anteriores sugerem que o consumo de produtos com Cannabis a longo prazo não prejudica a cognição. Mais do que isso: ajuda o cérebro a envelhecer de forma mais saudável. Esse benefício se estende também a pessoas com condições graves de saúde, como HIV ou pacientes em tratamento de câncer.

Recentemente, um estudo realizado na Dinamarca analisou mais de 5 mil pessoas saudáveis para entender como o uso de Cannabis ao longo da vida impacta a cognição. Os resultados foram publicados no periódico científico Brain and Behavior.

Testes aos 20 e aos 64 anos

Pesquisadores analisaram dados de um acompanhamento que durou cerca de 44 anos. Durante o estudo, os participantes realizaram testes de QI (Quociente de Inteligência) na juventude, aos 20 anos, e novamente na meia-idade, aos 64 anos. Além disso, foram coletadas informações detalhadas sobre o estilo de vida e saúde.

Os resultados mostraram que quem tinha histórico de consumo de produtos com Cannabis teve uma queda menor no QI com o passar do tempo. Nem a idade em que começaram a usar, nem a frequência de uso afetaram negativamente a cognição.

É importante destacar que no contexto dinamarquês, as pessoas que relatam o uso frequente de produtos com Cannabis costumavam ter mais escolaridade e níveis de QI mais altos no início, o que pode ter influenciado os resultados. O estudo reforça a necessidade de análises mais detalhadas sobre os impactos da Cannabis no envelhecimento do cérebro.

envelhecimento

Cannabis medicinal na Dinamarca

No artigo, os pesquisadores mencionaram que, inicialmente, a pesquisa tinha o objetivo de identificar impactos negativos do uso prolongado de Cannabis para o cérebro. Porém, os resultados mostraram o oposto, com impactos positivos na cognição.

“No presente estudo, objetivamos investigar a relação entre o uso de Cannabis e o declínio cognitivo relacionado à idade do início da idade adulta até o final da meia-idade. Este estudo contribui para o conhecimento esparso sobre o assunto e se alinha com a maioria dos estudos existentes, sugerindo nenhuma associação entre o uso de Cannabis e maior declínio cognitivo.

Mais especificamente, no presente estudo, os usuários de Cannabis experimentaram um declínio cognitivo ligeiramente menor em comparação com os não usuários, e a associação permaneceu significativa ao controlar possíveis fatores de confusão.”

Também recentemente, o governo da Dinamarca anunciou que vai expandir o programa nacional de Cannabis medicinal. Em 2018, o país do norte da Europa iniciou uma experiência com medicamentos à base de canabinoides para algumas condições de saúde para avaliar a eficácia e a segurança dos tratamentos na população. O sucesso foi tão grande que o programa piloto vai virar política pública.

O papel da Cannabis para um envelhecimento saudável

Em uma LIVE do Cannabis & Saúde com o tema “Cannabis e envelhecimento saudável”, a geriatra Gabriela Mânica explicou porque o uso de produtos com canabinoides pode ser tão benéfico para pessoas na terceira idade.

“Nós produzimos a nossa ‘maconha natural’, os endocanabinoides, que são responsáveis por manter o equilíbrio do corpo. Como diversos sistemas no nosso corpo envelhecem e se tornam deficitários, também pode acontecer com o sistema endocanabinoide através de eventos estressores ao longo da vida, como doenças crônicas. Assim, nós não produzimos a quantidade necessária de endocanabinoides e para equilibrar isso usamos então os fitocanabinoides, as moléculas provenientes da planta, que vão colocar o nosso corpo em equilíbrio novamente.”

Veja a entrevista completa com a Dra. Gabriela Mânica no vídeo abaixo.

Como iniciar um tratamento com Cannabis

O uso de produtos com Cannabis para promover um envelhecimento saudável deve começar com a orientação de um médico experiente na prescrição desse tipo de tratamento. Um profissional da saúde qualificado tem todas as condições de avaliar cuidadosamente o seu caso e recomendar o melhor caminho possível.

Para facilitar o acesso a esses especialistas, o portal Cannabis & Saúde oferece uma lista com centenas de médicos e dentistas habituados a prescrever medicamentos com canabinoides. Portanto acesse já a nossa plataforma de agendamento e marque sua consulta.

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Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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