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Documentário mostra o uso ritualístico da maconha pelos rastafári

Documentário mostra o uso ritualístico da maconha pelos rastafári

Conversamos com o diretor do filme Sacred Weed - Rastafari Yard, que mostra um pouco da cultura rastafári e como é o uso ritualístico da maconha

Publicado em

4 de maio de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Aqui no Cannabis & Saúde, nós trazemos histórias e notícias sobre os vários usos da planta: medicinal, industrial e adulto. Contudo, hoje vamos apresentar uma quarta forma de utilizar a Cannabis: o uso ritualístico.

Sobre o que é o uso ritualístico da maconha, a sinopse do filme nos apresenta a forma como fazem os rastafáris:

“Há milênios, diversas culturas e grupos usam a erva sagrada com fins religiosos. Para os rastafáris, o fumo ritualístico da Cannabis permite que se alcance uma espécie de ‘consciência cósmica’, um estado em que se está mais próximo de Jah, de onde se pode ver mais claramente a verdade do mundo. Eles seguem o que proclama o Livro das Revelações ‘A erva é a cura das nações’ (22.2).”

Veja o trailer do documentário.

Onde foi feito o uso ritualístico da maconha

O documentário foi gravado em um festival que celebra a música jamaicana, particularmente o dub. Esse festival acontece na Praia Fluvial da Rapoula do Côa, no interior do país, e recebe artistas e espectadores de todo o mundo.

Nesse ambiente , Humberto teve o contato com grupos de praticantes do Rastafarianismo e pôde ter contato mais próximo com essa cultura, que faz uso ritualístico da maconha.

Humberto Giancristofaro, brasileiro autoexilado em Portugal, dirigiu filme sobre uso ritualístico da maconha

“O convite veio primeiro pelo Festival Himdub, um festival de dub, que começou ano passado. Ele acontece numa praia fluvial, que é um ambiente já por si paradisíaco. Você tem, no meio de uma área florestal, um rio e uma praia. Ali montaram os sound systems, nas margens dessa praia. O festival foi um sucesso.”

Uma imersão na cultura rastafári

Humberto registrou as cerimônias dentro do festival, que são cheias de música, percussão, Cannabis e contato com a cultura rastafári.

“Dentro desse espaço, uma das comunidades portuguesas rastafári (existem várias congregações), a mais expoente ali no festival era a One Love Family. Ela se juntou com outros rastafári daqui, para organizar uma coisa que eles chamam de Rastafari Cultural Yard, que é o espaço dos rastafáris dentro desse festival. Então, nesse espaço, eles faziam algumas atividades. Além do próprio acampamento dos rastafáris, ali eles promoveram algumas atividades, como os Nyahbinghi [cerimônia rastafári] diários. Faziam um Nyahbinghi de manhã para abrir e outro, para fechar o festival. Isso trouxe para o próprio festival algo muito sacramental e colocando ali aquele espaço como um lugar de entretenimento, óbvio, mas com respeito e com apreço pela diversidade e pela cultura-mãe, pela cultura rastafári.”

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Uso ritualístico da maconha é apenas um aspecto da cultura rastafári

Acredita-se que a cultura rastafári tenha começado por volta dos anos de 1930, na Jamaica. Ela ganhou o mundo com a popularização do reggae. No entanto, essa cultura não se resume somente a música e religião. Nesse sentido, o Rastafarianismo explora também outros traços dessa cultura, que vão além do uso ritualístico da maconha. Humberto destacou a imersão na culinária rastafári, que também foi pensada para manter a saúde.

“Além disso, eles ainda capitaneavam a cantina do lugar com ital food, que é maravilhoso. O ital food é uma comida típica dos rastafári, do movimento rastafári. Ela é uma comida baseada nos princípios da natureza, ou seja, de não usar elementos industrializados, empacotados, com químicas. A prioridade é que sejam elementos frescos e plantados pela própria comunidade. Como os rastafáris dizem: o corpo é o templo do rastafári. Ele não precisa de uma igreja, ele tem o corpo como o próprio templo. Então, colocar o ital food para dentro é um jeito de aumentar a vitalidade desse templo, aumentar o poder de Jah no próprio corpo, aumentar a possibilidade, ainda mais, da presença de Jah no templo.”

Filme estreou em Portugal no dia 4/20

Filme lançado no dia 4/20

O documentário “Sacred Weed – Rastafari Yard” foi lançado no Dia da Maconha, 4/20, em Lisboa. O diretor, Humberto Giancristofaro, além de cineasta, é filósofo. Atua na pesquisa e também é roteirista de histórias infantis (escreve para o Menino Maluquinho e Sítio do Picapau Amarelo). Em Portugal, conheceu os criadores da página Social Weed, que promovem eventos culturais relacionados à Cannabis. O “Sacred Weed – Rastafari Yard” é um de uma série de filmes falando sobre a planta, produzidos pelo Social Weed.

Por enquanto, não há previsão de estreia no Brasil. Mas você pode acompanhar o Social Weed, para saber dos próximos filmes da série.

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Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

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