Por muitos anos, a Cannabis tem sido estudada por suas propriedades terapêuticas, não apenas no alívio da dor ou no controle de convulsões, mas também na luta contra microrganismos causadores de doenças. Pesquisas anteriores já haviam revelado que os compostos da planta têm potencial para combater bactérias resistentes a antibióticos.
Agora, cientistas voltam suas atenções a outro desafio: a malária, uma das infecções mais antigas e letais que conhecemos.
Cannabis e malária: um caminho inesperado
A malária é transmitida pela picada do mosquito Anopheles (conhecido como mosquito-prego, no Brasil), porém é causada por parasitas do gênero Plasmodium. A doença tem cura, e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, se não for diagnosticada rapidamente, pode evoluir para as formas graves e potencialmente fatais.
Embora medicamentos convencionais como a artemisinina sejam eficazes, o avanço da resistência dos parasitas preocupa os especialistas e incentiva a busca por novas abordagens. Nesse contexto, um grupo de pesquisadores brasileiros analisou estudos anteriores sobre o potencial da Cannabis contra o Plasmodium. O trabalho, publicado na revista Tropical Medicine & International Health, mostrou resultados promissores: os canabinoides apresentaram atividade antimalárica em testes de laboratório e em modelos animais.
THC e CBD na batalha contra o parasita
Entre os compostos testados, dois se destacaram contra o Plasmodium: o ∆9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). Nos experimentos, o THC mostrou forte ação contra o parasita, enquanto o CBD apresentou efeito mais moderado, mas ainda relevante.
Nos estudos com animais, os canabinoides:
- Reduziram a quantidade de parasitas no sangue
- Aumentaram a tolerância à doença
- Protegeram o cérebro contra danos
Nesse sentido, um outro trabalho brasileiro se destacou ao combinar o CBD com artemisinina, um medicamento convencional usado no tratamento da malária. Essa associação aumentou a taxa de sobrevivência dos animais e melhorou o desempenho cognitivo, sugerindo um efeito complementar entre os compostos da Cannabis e os fármacos convencionais.
Como os canabinoides agem contra o parasita da malária

Os cientistas ainda não sabem ao certo como a Cannabis interfere no ciclo do Plasmodium. Mas os indícios apontam que os canabinoides podem agir de duas maneiras principais:
- Diretamente, inibindo o crescimento do parasita
- Indiretamente, reduzindo a inflamação e equilibrando a resposta imunológica do corpo, o que ajuda a minimizar os danos da infecção
Esses mecanismos já haviam sido observados em outras pesquisas com Cannabis, que mostraram sua capacidade de modular o sistema imunológico e proteger os tecidos nervosos em doenças inflamatórias e infecciosas.
Uso seguro de canabinoides
Apesar do potencial, os próprios autores do artigo alertam que os resultados são preliminares. A maioria dos estudos avaliou apenas modelos de laboratório, sem testar a segurança ou a eficácia em seres humanos. Além disso, os dados sobre toxicidade e dosagem ideal ainda são escassos.
Com o avanço dos estudos, os canabinoides podem se tornar aliados no combate à malária como um coadjuvante. A ideia não é substituir os medicamentos atuais, mas reforçar sua eficácia e reduzir os impactos da resistência parasitária.
Há evidências científicas da eficácia dos compostos da Cannabis para dezenas de condições de saúde, como mencionado anteriormente, e a orientação profissional é fundamental. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só permite a compra de medicamentos com canabinoides com prescrição médica.
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