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Cannabis é amor: interesse pela planta uniu casal que trabalha com saúde mental

Cannabis é amor: interesse pela planta uniu casal que trabalha com saúde mental

Publicado em

12 de junho de 2022

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

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Andréa Toledo e João Paulo Severo se conheceram no final de 2020. Enquanto a Dra. Andréa pensava em começar a prescrever Cannabis medicinal para seus pacientes, João estudava o mercado da Cannabis no Brasil. E foi então que o interesse pelo uso da planta para fins medicinais, e principalmente de saúde mental, uniu o casal.

 

Neste dia 12 de junho conversamos com eles sobre como o amor impacta a saúde mental e como gerar de maneira positiva este sentimento que está no centro do desenvolvimento humano.

 

“Eu e a Andréa nos conhecemos em razão de um curso que ela estava fazendo. Neste momento começamos a conversar sobre assuntos relacionados à trabalho. Em um determinado momento ela me falou que estava pensando em começar a prescrever Canabidiol. Falei para ela: “eu preciso te ligar para a gente conversar, para você saber um pouco mais sobre esse mercado”. Até então nós nunca tínhamos nos falado. Nem chamada de vídeo, nem pessoalmente. E tivemos uma conversa que durou duas horas, e era para ser uma conversa rápida. Falamos de carreira, falamos do CBD e a partir daquela conversa nos encontramos um mês depois mais ou menos. Eu morava no interior do Mato Grosso e ela morava em São Paulo, nós nos encontramos e começamos a namorar. A gente pode dizer que o CBD, o interesse em relação ao CBD, foi um fator muito importante. Porque foi ali foi o início de uma conversa mais próxima”, revela o João, que é psicanalista.

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Programa Leve

Além do interesse em tratamentos com CBD, outro resultado da parceria do casal foi a criação do Programa Leve. Elaborado para proporcionar uma abordagem integrativa, cujo objetivo é implementar uma mudança de hábitos de vida de fácil aplicabilidade, gradual e positiva.

Como o Programa Leve pode promover a melhoria na qualidade dos relacionamentos?

João – Com relação a essa questão é importante a gente observar que o Programa Leve trabalha em duas frentes com relação à questão dos relacionamentos: os conjugais e os relacionamentos interpessoais de outra ordem, como os relacionamentos no ambiente de trabalho, com a família e com o relacionamento social geral. A gente achou importante fazer essa divisão porque os relacionamentos conjugais possuem uma série de peculiaridades. E mesmo no que diz respeito à manutenção desse relacionamento que não apenas é um indicador de longevidade, mas sobretudo de qualidade nessa ordem relacional. Porque envolve um outro tipo de afeto. Então para isso nós desenvolvemos questionários específicos para ambos. Na questão dos relacionamentos conjugais, a procura do Programa Leve é justamente promover o equilíbrio, sem que isso se torne uma terapia de casal.  Promover este equilíbrio através de uma manutenção, através de uma mudança de hábitos e uma manutenção do comportamento do cônjuge interessado. É sempre importante ressaltar que essa é uma decisão que cabe aos dois, mas o que a gente observa na prática é que essa deliberação sempre começa com uma das pessoas do par.

Papel do amor para o desenvolvimento humano

Qual é o papel do amor e dos relacionamentos amorosos na saúde mental e para o desenvolvimento humano?

Dra. Andréa – Nosso bem-estar social e psicológico e também a nossa satisfação com a vida são muito influenciados pela qualidade dos nossos relacionamentos. Principalmente quando falamos sobre relacionamentos amorosos. Então um relacionamento saudável impacta de uma maneira positiva na nossa saúde mental. Segundo pesquisas o amor e o apoio social positivo aumentam  os nossos sentimentos de felicidade, reduzem o stress, a ansiedade e a depressão. Por outro lado, estudos mostram que relacionamentos interpessoais disfuncionais, especialmente entre parceiros cônjuges, aumenta o risco de ansiedade, depressão e até de ideação suicida.

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Ninguém vive só de amor, mas com certeza ninguém vive sem amor

“Ninguém vive só de amor”, é uma frase clichê, mas o amor não seria essencial para o ser humano?

João – O amor é uma relação e parte da ideia de uma relação essencial. Localizada justamente na ausência, na falta. Então ninguém vive só de amor, mas com certeza ninguém vive sem amor. De uma forma ou de outra a gente tem que completar, ou nós completarmos, numa ideia em que o amor seja um fio condutor das relações humanas. Seja o amor profissional, seja o amor filial, ou seja o amor conjugal. No nosso caso, nós alinhamos a questão profissional como resultado de uma relação muito bem estruturada, muito bem estruturada, e muito bem alinhada em termos de valores. Então ninguém vive só de amor, mas de um amor sustentado em valores com certeza nós temos aí uma matéria-prima essencial para o cotidiano, para a vida e assim por diante.

Existe guia do amor?

Existe algum conselho, guia básico ou comportamento, que seja imprescindível para os relacionamentos durarem?

Dra. Andréa  – Essa é a pergunta de um milhão de dólares, né? Acredito que não existe uma fórmula certa. Mas entender que relacionamento amoroso é composto por pessoas com diferentes histórias de vida, diferentes personalidades e tudo isso interfere nos comportamentos. Partindo desse pressuposto a comunicação ajuda muito a compreender, a ter maior compreensão um com o outro, né? E enfatizo também a importância da escuta. O quanto a escuta é essencial nesse processo de construção. Outro ponto que que eu acho bem relevante destacar é sobre a psicoterapia. É muito importante a gente buscar entender as nossas próprias questões, antes de levar essas demandas ao parceiro ou parceira. A psicoterapia ajuda nesse processo e contribui muito para o autoconhecimento e para a maturidade emocional.

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Desenvolvimento humano e amor

Se o ser humano realmente muda tanto ao longo da vida, como se adapta a parceira ou parceiro às diferentes fases que uma pessoa passa?

João – A questão é encontrar alguém que tenha a mesma mentalidade de desenvolvimento. Quer dizer, não é a questão do desenvolvimento em si que faz a diferença para um casal, mas a questão do tempo desse desenvolvimento. Então um casal para dar certo tem que procurar sempre uma sincronia dos seus momentos. Isso inclui as atividades do cotidiano. Isso inclui planos de carreira e muitas decisões importantes como ter filhos ou não, como resolver as questões de ordem financeira… No nosso caso, por exemplo, nós somos minimalistas. Temos uma visão de mundo em que o dinheiro serve para aquilo que realmente nos interessa. E isso parte de um raciocínio que não é apenas uma decisão intelectual, não é apenas uma decisão racional, mas veio de um processo. A partir de um processo de experiências de vida que nós passamos de forma individual e que nos fizeram chegar até aqui hoje. E fundar o Programa Leve. Tudo sustentado justamente nessa ideia: uma vida com significado. E aí entra o fator que não nos compete, o fator que nós não temos controle, que é o fator que podemos chamar de destino. Então esse alinhamento não é um alinhamento que se faça, que se possa fazer, de um modo totalmente preconcebido, articulado ou organizado. A gente tem que contar também com um fator que a gente pode chamar de destino, de sorte, do que quer que seja. 

Mas o importante é saber conduzir as ações nossas do cotidiano com base nesses valores. Então é imprescindível que se tenha uma noção real dos próprios valores para se constituir como um casal.

O amor tem fases?

Falando em fases, o amor passa por fase? Como funciona isso?

Dra. Andréa – Acredito que sim, acredito que os relacionamentos passam por uma série de mudanças ao longo do tempo e isso é um processo natural. Assim como nós mesmos passamos por transformações e desafios. Então acredito que relacionamento é construção. Respeito mútuo e cumplicidade são fundamentais nesse processo de construção.

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Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

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