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“Cannabis e terapias complementares são bem-vindas quando comprovadas cientificamente”

“Cannabis e terapias complementares são bem-vindas quando comprovadas cientificamente”

Prévio ao Dia Mundial do Câncer do Colo do Útero conversamos com o Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, Diretor Científico da Febrasgo, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. 

Publicado em

25 de março de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

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Na véspera do Dia Mundial do Câncer do Colo do Útero, celebrado dia 26 de março, a importância da pesquisa científica rigorosa em busca de novas terapias para essa condição é inegável. 

O Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, Diretor Científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), com quem conversamos com exclusividade, enfatiza a relevância da comprovação científica para a incorporação de qualquer tratamento, incluindo a Cannabis medicinal, no arsenal terapêutico contra o câncer do colo do útero.

Segundo o profissional, a Febrasgo adota uma postura favorável ao desenvolvimento de pesquisas científicas rigorosas que avaliem o potencial da Cannabis, e de outras terapias, para fins medicinais, desde que os resultados demonstram benefícios comprovados e reprodutíveis. 

“O que vier comprovado cientificamente para ajudar mulheres que sofrem com o câncer de colo de útero é bem-vindo”, pontua.

E, sendo assim, a busca por alternativas terapêuticas, como, por exemplo, a Cannabis e até o mindfulness, é constante. O médico defendeu que a ciência é a ferramenta imprescindível para validar a utilização desta nova abordagem, visando sempre a melhora da qualidade de vida das pacientes.

Veja a entrevista exclusiva com Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, Diretor Científico da Febrasgo

Amanhã, 26 de março, é o Dia Mundial do Câncer do Colo do Útero, é uma data de destaque da prevenção e detecção precoce desta doença. Em um contexto de crescente interesse em terapias complementares, como o Dr. observa uso da Cannabis medicinal?

“O câncer de colo é um problema de saúde pública. Não só no Brasil, mas no mundo. Porque a gente recebe pessoas já com a doença avançada e que compromete a vida dessas pacientes. E, até em algumas situações, vamos oferecer cuidados paliativos. E o que precisar para diminuir a dor e aliviar o sofrimento dessas mulheres é sempre muito bem-vindo.

Eu particularmente não tenho experiência com Cannabis, conheço em algumas situações neurológicas, mas o que estiver comprovado cientificamente,  assim como qualquer terapia, que vai ajudar essas pacientes é super bem-vindo”. 

Dr., a Febrasgo vê com bons olhos o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre Cannabis para fins medicinais? 

“Entendo que, de uma forma mais geral, vemos com bons olhos tudo o que for avaliado cientificamente com bons resultados. O que estiver aprovado na Anvisa e que se mostrou eficaz, do ponto de vista clínico, com estudos bem delineados, com a evidência, vai ser bem-vindo. Eu acho que a Cannabis tem potencial para isso, mas o que a gente precisa são mais estudos sobre sua eficácia.

Divulgamos recentemente um trabalho de mindfulness, melhorando muito tanto cuidadores quanto pacientes de câncer colo de útero. A intervenção de mindfulness é interessante e a Cannabis entra nesta seara: precisa de estudo, mostrar os resultados. Particularmente não tenho experiência, mas tudo o que vier com estudos e resultados mostrando eficácia, será bem-vindo”.

Hoje é uma data de conscientização muito importante para o Brasil. Qual é o papel do rastreamento na prevenção do câncer do colo do útero? 

“Muito importante. Hoje a OMS colocou a questão dos três pilares para erradicar o câncer do colo de útero. O primeiro pilar é rastrear. O segundo pilar é a prevenção primária por meio da vacina contra HPV. Tanto homens quanto mulheres. A indicação no Brasil é de nove a 14 anos de idade. Mas o rastreamento é superimportante, incluindo a mudança no padrão de rastreamento do câncer do colo do útero, passando do tradicional exame Papanicolau para testes de DNA e HPV. E no outro pilar, que entra toda essa questão de tratamento das reações precursoras, até o tratamento das mulheres de medicação de tratamento cirúrgico. E as terapias para aquelas mulheres com doença avançada. E até cuidados paliativos e o tratamento adequado”.

CBD: Potencial terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero

Por fim, cabe destacar este estudo, publicado em 2022, que investigou como o CBD pode ajudar no tratamento do câncer do colo do útero. Os pesquisadores examinaram como esta molécula da Cannabis pode melhorar a eficácia dos tratamentos convencionais.

E os cientistas observaram que o CBD pode contribuir para a eliminação das células cancerígenas e impedir sua disseminação para outras regiões do organismo.  No entanto, concluíram também que são necessárias mais pesquisas para entender completamente como isso pode beneficiar as mulheres com câncer de colo.

Cannabis no tratamento do câncer 

Atualmente, há estudos sobre Cannabis no tratamento de diferentes tipos de câncer e é crescente a utilização do potencial terapêutico dos fitocanabinoides em tratamentos oncológicos. Neste sentido, a ampla maioria dos estudos indicam que a Cannabis, especialmente o CBD, pode apresentar benefícios no tratamento do câncer. Principalmente em relação ao alívio de sintomas relacionados à quimioterapia. 

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