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Caso clínico: Cannabis no tratamento de criança com autismo

Caso clínico: Cannabis no tratamento de criança com autismo

Renan, 9 anos, diagnosticado com autismo tipo 2 e TDAH, consegue focar melhor em suas atividades, mas ainda sofre com a ansiedade

Publicado em

9 de outubro de 2023

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

autismo

O diagnóstico de autismo tipo 2 e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) começou para o pequeno Renan antes de ele completar um ano, em 2014, como uma dificuldade de dormir.

“A gente via uma agitação muito grande nele, mas, entre os dois e três anos, a gente considerava normal”, conta seu pai, Murilo Barnabé.

Aos três anos, a criança tinha dificuldade para falar, mas o pediatra dizia que era normal. “Cada um no seu tempo.” Na escola, nenhum indício de que havia algo de diferente.

Até que, por conta própria, a mãe decidiu colocar a criança em uma fonoaudióloga, que pediu um relatório da escola. Somente então, souberam da dificuldade de aprendizado de Renan.

“Começamos a pesquisar mais a fundo e levamos a um psiquiatra. Ele disse que ainda era cedo para um diagnóstico, mas passou um laudo de autismo, para que o plano de saúde liberasse as terapias.”

O tratamento para o autismo

Nessa época, o menino também começou com o uso de medicamentos alopáticos para o sono. “Ele passou a dormir com frequência pela primeira vez, mas parou de dormir de tarde e o agito era constante.”

Houve melhora, no entanto, ela vinha com seu preço. “Todo medicamento dava efeito colateral. Sentia muita rejeição e até hoje tem muita dificuldade com isso. São poucos os que não deixam ele enjoado, tiram o apetite, dão ânsia de vômito ou até um efeito contrário, de ficar mais agitado.”

Em uma mudança de cidade de toda a família, em 2019, mudaram também os médicos. Um deles sugeriu o uso da Cannabis medicinal. Foi o primeiro contato de todos com a possibilidade do uso medicinal da Cannabis, mas logo a pandemia começou e o assunto foi esquecido.

A Cannabis no tratamento do autismo

Somente em 2021, por meio da produção caseira do óleo por um conhecido, Renan pôde experimentar o tratamento pela primeira vez. “A gente foi atrás de um medicamento de laboratório, mas a gente estava vindo da pandemia, com problemas financeiros e a gente começou a utilizar esse de maneira experimental.”

“O resultado foi muito grande, como a gente não tinha visto ainda. Não para a ansiedade, mas conseguiu ficar mais concentrado na escola, na terapia. Entretanto, a gente não conseguia manter um fornecedor ou comprar de laboratório, então, a gente não sabia direito a concentração. Era tentativa e erro.”

Foi assim até que, no final do ano passado, um desses medicamentos clandestinos o fez piorar. “Ficou mais agitado, estava recusando tudo. Piorou muito.”

Em busca da dose perfeita

Decidiram que era a hora de investir no tratamento com o medicamento importado. Há três meses, Renan, agora aos nove anos, faz tratamento com a Cannabis de origem confiável. “Ele faz as atividades dele, mas a gente não vê um resultado muito grande ainda.”

Novos exames definiram seu diagnóstico como TDAH e autismo nível 2, mas, juntamente aos médicos, ainda procuram uma combinação ideal de medicamentos e Cannabis. “Em algumas atividades, ele já é muito melhor do que era, mas a ansiedade ainda supera qualquer coisa que a gente já tenha dado, qualquer tratamento.”

“Ele dorme bem, está mais focado na escola, nas atividades. O Renan é muito inteligente, embora a ansiedade atrapalhe um pouco o desenvolvimento dele. A gente não quer parar com a Cannabis porque, quando ele ficou sem, ficou muito agitado.”

“Ainda temos a expectativa de que ele vá melhorar mais.”

Apesar de ainda estar no processo de ajuste de doses, Murilo não perde a confiança no tratamento. “A gente sempre foi favorável a uma medicação mais natural e, além disso, a minha sogra já usou e passou a dormir melhor. Minha esposa, com fibromialgia, melhorou das dores. Não faz o menor sentido quem tem preconceito.”

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