No Brasil, milhões de pessoas podem ter transtorno do espectro autista (TEA) sem diagnóstico — e, consequentemente, sem o suporte necessário. Estimativas baseadas em dados do CDC, dos Estados Unidos, indicam que 1 em cada 36 crianças apresenta TEA. Aplicando essa proporção à população brasileira, o número de pessoas autistas ultrapassaria 6 milhões, muito acima da estimativa oficial do país, defasada desde 2010, que apontava cerca de 2 milhões.
Essa lacuna evidencia não apenas a dificuldade de acesso a diagnóstico e tratamento, mas também a urgência de alternativas que ofereçam qualidade de vida às crianças e suas famílias. É nesse contexto que histórias como a de Clara, mãe de Matheus, ganham destaque. Ela encontrou na Cannabis medicinal uma maneira de transformar a rotina do filho, promovendo avanços no desenvolvimento, na interação social e na comunicação.
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Da pesquisa à prática: os primeiros sinais de transformação com a Cannabis Medicinal
Diante dos efeitos colaterais de remédios tradicionais e da busca por um tratamento mais seguro nesse sentido, Clara decidiu apostar em alternativas para o filho.
“Buscávamos algo natural, sem os efeitos colaterais dos medicamentos convencionais. Muitos deles têm consequências irreversíveis”, conta Clara.
Antes de iniciar o tratamento com Cannabis, a mãe relata que os médicos prescreveram diversos medicamentos. “Eles já ditavam remédios como se fossem a cura para o autismo, sem nem esperar a evolução das crianças em relação às terapias”, lembra.
A decisão de testar o óleo de Cannabis, no entanto, foi precedida por muita pesquisa. Clara se aprofundou no tema, realizou cursos pela Unifesp, passou a participar de congressos e palestras, buscando se informar e reúnir o maior número de informações possíveis para oferecer o melhor cuidado ao filho.
Os primeiros sinais da transformação vieram logo nas primeiras semanas. “O olhar no olho, o interesse pelo brincar… Pequenas coisas que nos motivaram a continuar”, relata emocionada.
Atualmente, Matheus utiliza o óleo com acompanhamento com um médico prescritor e faz uso de duas doses diárias, divididas entre manhã e noite.
Transformação visível: como a Cannabis mudou a rotina e o desenvolvimento de Matheus
A mudança, segundo Clara, é visível: “Ele é outra criança em relação ao passado. Brinca, aprendeu várias coisas, interage com outras crianças. A Cannabis mudou a vida do Matheus”.
Entre os avanços, a mãe destaca pontos que pareciam pequenos, mas que transformaram o cotidiano da família: “Antes, chamávamos e ele não vinha. Agora ele responde, presta atenção, se esforça para aprender coisas novas. Isso não tem preço”, afirma.
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O progresso do filho também inspira a mãe a divulgar informações sobre os benefícios da Cannabis medicinal. “Falta informação. Muitas pessoas ainda não sabem dos resultados comprovados e da quantidade de artigos científicos que atestam a eficácia do óleo”, reforça.
“A Cannabis ajuda muitas pessoas e, para nós, trouxe esperança e um novo jeito de viver”, finaliza.
*Nomes fictícios foram usados para preservar a identidade do menor de idade.
Importante!
No Brasil, a Cannabis medicinal pode ser utilizada apenas com a prescrição de um profissional de saúde autorizado. Se você tem interesse em iniciar um tratamento com canabinoides, busque orientação com um especialista. Em nossa plataforma, é possível encontrar mais de 300 profissionais capacitados para agendar sua consulta.













