Crônica, dolorosa e de difícil diagnóstico, a hidradenite supurativa é uma doença inflamatória da pele caracterizada por nódulos e abscessos recorrentes, geralmente em áreas com atrito, como axilas, virilha e região mamária. As lesões podem infeccionar, formar túneis sob a pele e drenar pus, provocando dores intensas.
A massoterapeuta Gyzelle do Nascimento Almada Machado foi diagnosticada com hidradenite supurativa (HS) somente em 2017, após passar anos convivendo com lesões recorrentes e dolorosas. “É como se rasgasse a pele por dentro”, descreve. “Fiquei muito tempo sem conseguir andar, sem levantar os braços.”
Também conhecida como acne inversa, é uma condição concidarada de baixa prevalência, ou seja, rara. Suas causas envolvem fatores genéticos, hormonais, imunológicos e ambientais, e os efeitos vão além do físico, impactando a qualidade de vida de quem sofre com a doença. Gyzelle, por exemplo, passou anos sem saber o que causava suas lesões, até que, finalmente, em 2017, uma dermatologista confirmou o diagnóstico.
O agravamento do quadro e o impacto emocional
Os primeiros sintomas começaram a surgir por volta de 2013, com pequenos focos de inflamação que, com o tempo, evoluíram para lesões mais sérias e dolorosas.
A piora dos sintomas coincidiu com um momento delicado de sua vida pessoal. Em 2015, Gyzelle perdeu a mãe, e o luto desencadeou uma série de manifestações emocionais e físicas. “Tive depressão, crise de ansiedade e pânico. A partir daí, meu quadro se agravou muito. A doença é claramente influenciada por fatores emocionais.”
Nos anos seguintes, ela seguiu tratamento com antibióticos, ansiolíticos e outros medicamentos convencionais. Também chegou a ser indicada para cirurgia, mas, diante do risco e da possibilidade de recidiva, o procedimento não foi realizado. “O próprio cirurgião explicou que a cirurgia não garantiria controle da doença e que as lesões poderiam voltar.”
Hidradenite supurativa: a introdução da Cannabis no tratamento
Em um momento de inflamação avançada, Gyzelle iniciou o uso de Cannabis medicinal com orientação médica. O objetivo era auxiliar no controle da dor, da inflamação e na melhora da qualidade de vida.
A resposta foi rápida e significativa. “Em poucas semanas, percebi uma redução importante nas lesões. A inflamação cedeu, as dores diminuíram e recuperei a mobilidade. Foi a primeira vez em anos que consegui retomar atividades simples, como andar com conforto e movimentar os braços sem dor.”
Após iniciar o tratamento com Cannabis medicinal, Gyzelle notou mudanças consistentes. “As lesões começaram a fechar. A inflamação diminuiu. Consegui voltar a fazer coisas simples que antes pareciam impossíveis.”
A melhora teve reflexo também no sono e no estado emocional. “Foi um alívio. A dor constante afetava tudo: o humor, a paciência, a convivência com meu filho. Quando a dor reduziu, consegui respirar de novo.”
Com o avanço do tratamento e a estabilização dos sintomas, Gyzelle conseguiu retomar sua atividade como massoterapeuta, profissão que havia deixado devido às limitações físicas impostas pela doença. “Voltar a trabalhar foi uma conquista. Eu fiquei sete anos em depressão. Só de conseguir me movimentar e fazer o que amo, já é um avanço enorme.”
Com a introdução dos fitocanabinoides, Gyzelle deixou de fazer uso de antibióticos, ansiolíticos e outros medicamentos convencionais que utilizava com frequência.
Estigma e desinformação
Apesar dos resultados positivos, Gyzelle reconhece que ainda há muito preconceito em torno do tema. Para ela, o desconhecimento é o maior obstáculo.
Ela defende que o acesso à informação e à prescrição responsável é essencial para que mais pacientes possam se beneficiar. “É preciso abrir esse debate dentro da saúde pública, das universidades, da formação médica. Hoje já existem estudos que comprovam o efeito positivo dos canabinoides em diversas doenças inflamatórias.”
Importante!
O relato de Gyzelle destaca como a Cannabis medicinal pode ser uma alternativa eficaz para quem busca recuperar a qualidade de vida e aliviar os sintomas de condições complexas, como a hidradenite supurativa.
No Brasil, o uso de medicamentos à base de canabinoides é autorizado, desde que prescrito por profissionais habilitados e acompanhado de forma segura. Por isso, é essencial contar com médicos especializados, que possam avaliar o seu caso e orientá-lo da melhor forma.
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