Dr. Davi Bravo Huguinim Legora é neurologista formado pela Universidade Federal de Uberlândia, com subespecialização em demências e distúrbios do movimento, como Parkinson e distonias. Desde o início de sua carreira, ele se dedicou ao estudo e à aplicação de tratamentos inovadores para doenças neurológicas, sempre com o objetivo de oferecer aos pacientes não apenas alívio, mas uma melhoria real na sua qualidade de vida.
Em 2022, ao concluir sua formação em neurologia, ele iniciou sua subespecialização em doenças neurodegenerativas, percebendo que muitas dessas condições não têm cura, mas sim um tratamento focado no alívio sintomático.
“A proposta de tratamento não é curativa, mas sim de manejo das complicações e dos sintomas. Muitas vezes, as medicações tradicionais, as alopáticas, têm limitações”, explica o médico.
Esse reconhecimento das limitações dos tratamentos convencionais foi o que impulsionou Dr. Davi a buscar alternativas. A partir disso, ele se aprofundou no estudo da Cannabis medicinal, realizando diversos cursos sobre os componentes da planta, como os fitoquímicos, terpenos e flavonoides.
“A riqueza dessa planta me chamou atenção”, conta. Ele percebeu que os benefícios potenciais da Cannabis eram significativos, principalmente em condições neurológicas complexas.
A transformação do bem-estar: a Cannabis e seus efeitos além dos sintomas físicos
À medida que começou a prescrever tratamentos com derivados de Cannabis, o impacto positivo na qualidade de vida dos seus pacientes se tornou cada vez mais evidente.
“Na prática, a medida que fui inserindo a Cannabis em alguns pacientes, comecei a notar efeitos significativos de melhoria em sintomas, além do conforto que muitos pacientes adquiriram. A melhora do bem-estar subjetivo dos pacientes foi algo que se destacou.”
O bem-estar subjetivo dos pacientes, segundo Dr. Davi, tem sido uma das transformações mais notáveis que ele observa.
“Muitas vezes, os pacientes relatam uma sensação de alívio que vai além dos sintomas físicos. Eles falam sobre a melhoria no estado emocional, na qualidade do sono, e até mesmo na interação com a família e amigos. Esse impacto emocional, que pode ser sutil mas extremamente significativo, tem mostrado que a Cannabis não só ajuda no controle dos sintomas, mas também proporciona uma sensação de qualidade de vida mais completa”, explica o médico.
Dr. Davi começou, então, a utilizar a Cannabis medicinal principalmente para condições neurológicas, como doenças neurodegenerativas, distúrbios do movimento e transtornos psiquiátricos associados. Ele observa que a terapia com canabinoides tem um grande efeito sobre a neuroinflamação, combate o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial, que são comuns em doenças neurológicas.
Ele explica que as condições tratadas com a Cannabis medicinal incluem desde a Doença de Parkinson, que melhora em sintomas como dor crônica, ansiedade e distúrbios do sono, até pacientes com transtornos de ansiedade, epilepsia farmacorresistente e dores crônicas neuropáticas.
“Clinicamente, é comum notarmos também melhorias em quadros de enxaqueca e até mesmo no controle de quadros inflamatórios, como alergias respiratórias”, afirma.
Doença de Parkinson
Um caso particularmente marcante foi o de uma paciente com diagnóstico de Doença de Parkinson, que chegou ao seu consultório de cadeira de rodas, aparentando um estágio avançado da doença.
“Ela tinha uma lista extensa de medicamentos e parecia não ter qualidade de vida. Propus iniciar o tratamento com óleo de Cannabis, e para minha surpresa, após 60 dias, ela voltou ao consultório andando. Ao investigar mais a fundo, descobri que o verdadeiro diagnóstico era um transtorno depressivo grave. Em grande parte, causado pelos efeitos colaterais dos medicamentos. A Cannabis não só ajudou na melhora da dor e da insônia, mas também teve um impacto significativo no humor dela”, relata Dr. Davi.
Para ele, a receptividade dos pacientes ao tratamento com Cannabis tem sido positiva, especialmente quando é explicado de forma detalhada o potencial benefício da planta.
“Quando os pacientes conhecem os benefícios e a evidência científica por trás do tratamento, eles tendem a estar mais abertos a essa abordagem. Claro que é essencial manter uma proximidade constante e um acompanhamento durante o tratamento”, ressalta.
Dr. Davi também destaca que, nos últimos anos, os estudos científicos sobre a Cannabis medicinal evoluíram significativamente.
“Os derivados da Cannabis têm evoluído significativamente do ponto de vista de estudos científicos para diversas morbidades, de formulações diferentes e também do ponto de vista da acessibilidade. Hoje, o tratamento já se demonstra muito mais palpável na vida de muitos pacientes.”
Ele acredita que o conhecimento sobre o Sistema Endocanabinoide e suas interações com o organismo deve ser parte integrante da formação médica. “Deveria ser incorporado no currículo das faculdades de medicina para que os futuros médicos possam aplicar a modulação desse sistema no tratamento de diversas doenças”, sugere.
A trajetória do médico é um exemplo de como a inovação e o conhecimento podem transformar o tratamento de doenças complexas. Além de proporcionar aos pacientes uma nova perspectiva de vida, com uma melhora não apenas nos sintomas físicos, mas também no bem-estar subjetivo, que tem se mostrado uma das grandes conquistas dessa terapia.
Importante!
No Brasil, o uso terapêutico da Cannabis é autorizado, desde que seja feito com a recomendação, prescrição e acompanhamento de um profissional de saúde especializado, como o Dr. Davi Bravo Huguinim Legora. Para agendar sua consulta, clique aqui ou acesse nossa plataforma, que conta com mais de 300 profissionais qualificados para prescrever Cannabis medicinal, e marque seu atendimento.