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“Não tem cura, mas tem qualidade de vida”

“Não tem cura, mas tem qualidade de vida”

Maria Núbia Lima, aos 76 anos, pôde melhorar sua qualidade de vida ao tratar suas dores e a progressão da demência com Cannabis medicinal

Publicado em

30 de novembro de 2022

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

Perto de completar 60 anos, Maria Núbia Lima desenvolveu uma artrose no joelho. Para lidar com as dores, seguiu a receita convencional de analgésicos e anti-inflamatórios. Uma opção terapêutica que durou pouco.

“Com o tempo ela desenvolveu uma alergia a esses medicamentos”, conta sua filha, Ana Patrícia Centeno. “Não podia tomar quase nada.”

Sem evolução no quadro, e impedida de realizar um tratamento medicamentoso, a alternativa foi a realização de uma cirurgia. “Fez uma artroscopia no joelho e sofreu bastante. Ela só podia tomar paracetamol com codeína e foi um processo bem lento.”

O surgimento da demência

As dores não aliviaram e logo os problemas foram crescendo. “No meio disso tudo, ela desenvolveu um processo demencial. Com 71 anos, a gente iniciou o tratamento e ela veio morar comigo, porque ela foi diagnosticada com parkinsonismo por corpo de Lewy e o processo já estava querendo avançar.”

“Aí junta a dor no joelho com o Parkinson, que também traz dores. Começou a ter um pouco de tremores, dificuldade de locomoção, discinesia. Tinha alucinações também, próprias do processo de demência. Tinha tudo, mas o que incomodava mais era a parte física.”

O tratamento foi o tradicional para casos de Parkinson, mas, em seu caso, não atingiu os resultados esperados. Em busca de alternativas para o tratamento da demência, Ana Patrícia se deparou pela primeira vez com a possibilidade de tratamento com Cannabis medicinal.

Dois coelhos

“Vi que a Cannabis era indicada para Alzheimer e achei interessante, mas, para mim, era um negócio muito experimental ainda. Ela tinha bastante ansiedade, as alucinações não estavam controladas, mas a principal questão era a dor. Paracetamol com codeína era como água para ela.”

Começou então a investigação atrás de formas de controlar a dor e, mais uma vez, o resultado da pesquisa foi cannabis medicinal. “Me deparei novamente com o canabidiol e pensei que, se a gente fosse atrás, vamos matar dois coelhos com uma cajadada só. Tratar a dor e o Parkinson.”

Há cerca de um ano e meio, marcou uma consulta com um médico psiquiatra prescritor de Cannabis medicinal e deu início ao tratamento. “A médica focou na dor e passou um medicamento balanceado (com proporções iguais de CBD e THC), mas começou a dar mais crise de ansiedade.”

Foram quatro meses de tratamento com esse medicamento. “Ela tava melhorando em relação à dor, ao movimento, mas a ansiedade estava grande. A recomendação era para introduzir quetiapina, mas eu não quis.”

Qualidade de vida na demência

Decidiu buscar uma segunda opinião e marcou uma consulta com a neurologista Denise Lutfi Pedra. “Vou tentar alguém que entenda do parkinsonismo para ver se consegue me orientar melhor.”

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Além do medicamento balanceado, introduziu o óleo rico em canabidiol. “Nas primeiras semanas, ela teve uma boa melhora no controle da dor. Ela perdeu a fala, mas dava para ver elas expressões faciais.”

“A questão do equilíbrio melhorou também e o sono. Quando introduziu o CBD, o sono melhorou. A pessoa, quando não dorme, passa mal o dia inteiro. Ela voltou a dormir um pouco melhor e voltou a ficar mais ativa durante o dia. Voltou a fazer coisas que tinha parado. Foi bem legal.”

“Foi interessante porque a quetiapina melhorava o sono, mas o movimento ficava bem precário. Tentamos risperidona, mas ela não podia tomar que seu corpo enrijecia do dia pra noite. Não pode tomar nenhum remédio para dor, então seu medicamento é totalmente Cannabis. Toma prolopa ainda, mas estamos em fase de diminuir.”

Aos 76 anos, Maria Núbia consegue ter uma melhor qualidade de vida. “Hoje ela tem baixa mobilidade, mas é porque foi uma doença que evoluiu muito nos dois primeiros anos. Ela está há um ano com o tratamento e está estável. Não existe cura, mas existe qualidade de vida.”

Negando as evidências

“Eu nunca fiz uso recreativo, mas nunca foi contra. Achei interessante quando surgiu a questão da Cannabis medicinal e ela faz tudo. Quer dizer, se for uma coisa bem direcionada, como tudo na vida. Se não souber usar, até alimento vira veneno.”

Para Ana Patrícia, o bem-estar de sua mãe estaria bem mais prejudicado se não fosse o tratamento com Cannabis. A evidente melhora, no entanto, não é aceita por todos.

“Ela tá com uma geriatra agora que faz campanha contra. Eu digo: ‘quando você vai atender um paciente, avalia se ele está se dando bem com o medicamento ou não. Com a Cannabis você vai fazer a mesma coisa.”

“Minha mãe tomou outros medicamentos, não funcionou e tirou o remédio. Nessa área, qualquer medicamento é meio que tentativa e erro. Os alopáticos funcionam para um e para outro não.”

“Por que não vou tentar um medicamento que pode trazer benefício para minha mãe. Ainda mais para a dor, que ela tem alergia e não pode tomar.”

”Vamos estimular para que a doença demore mais um pouquinho. A gente sabe que não tem cura, o sistema vai definhando, mas vamos tentando entregar a melhor qualidade de vida que a gente pode.”

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