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Cannabis não é porta de entrada para outras drogas, diz estudo

Cannabis não é porta de entrada para outras drogas, diz estudo

Publicado em

19 de maio de 2022

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

Porta de entrada

Desde a legalização da Cannabis no estado de Washington, nos EUA, em 2012, diminuiu o número de jovens adultos que usam álcool e nicotina

Um dos maiores mitos que envolvem a Cannabis é que ela serve como porta de entrada para outras drogas. Já existem argumentos, inclusive, que demonstram o contrário: a Cannabis pode servir como porta de saída para outras drogas, pois auxilia no tratamento do vício.

“Disseram que a Cannabis é uma porta de entrada nos últimos 50 anos. Cannabis leva a heroína, cocaína, e tudo é besteira. Toda essa hipótese foi uma criação da Guerra às Drogas”, afirmou o médico Peter Grinspoon, professor na Harvard Medical School.

“Todo mundo que usa heroína bebeu leite na infância. A maioria das pessoas bebe leite quando bebê, mas não se pode dizer que o leite causou a heroína. Correlação não é causalidade. Não faz sentido. A Cannabis está se mostrando uma porta de saída para as drogas.”

Desbancando o mito da porta de entrada

Um artigo publicado recente por pesquisadores da Universidade de Washington corrobora com a visão do médico e ajuda a desmistificar a Cannabis como indutor a outros vícios. De acordo com o estudo, jovens consumiram menos álcool, nicotina e analgésicos não prescritos, depois que a cannabis foi legalizada no estado para uso adulto.

Para chegar à conclusão, avaliaram as tendências no uso de álcool, nicotina e analgésicos não prescritos em uma coorte de mais de 12.500 jovens adultos (de 18 a 25 anos) no estado de Washington após a legalização em 2012.
Ao contrário das preocupações sobre os efeitos prejudiciais na sociedade em geral, de acordo com o estudo, “a implementação da Cannabis não medicinal legalizada coincidiu com a diminuição do uso de álcool e cigarro e uso indevido de analgésicos”.

Embora a prevalência de uso de outras substâncias além da cannabis tenha sido “maior entre os usuários ocasionais e frequentes de cannabis em comparação com os não usuários de cannabis”, as associações entre cannabis e uso indevido de analgésicos e consumo excessivo de álcool “enfraqueceram ao longo do tempo”.

“Nossas descobertas adicionam evidências de que a legalização da cannabis não medicinal não levou a aumentos dramáticos no uso de álcool, cigarros e opioides não prescritos”, escreveram.
“As descobertas indicam que as preocupações mais críticas de saúde pública em torno da legalização da Cannabis e a evolução dos mercados de Cannabis legalizados podem ser específicas para o uso de Cannabis e consequências relacionadas”.

Porta de saída

Para Grinspoon, o vício tem mais relação com o estado de vida das pessoas do que com substâncias específicas. “Recuperação é trabalhar em si mesmo para estar saudável o bastante para estar nesse mundo de maneira que não haja espaço para álcool e drogas”, disse.

“Você não precisa delas, não quer elas. Você tem maneiras saudáveis de se conectar com as pessoas. Formas saudáveis de ter suas necessidades atendidas.”

“Quando as coisas se deterioram, você relapsa. Usar droga é a última etapa, quando todas suas defesas estão desmoronando”, finalizou.

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