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O Médico de Família e a Cannabis: uma abordagem integral e multidimensional no cuidado

O Médico de Família e a Cannabis: uma abordagem integral e multidimensional no cuidado

No Dia Nacional do Médico de Família, destacamos como essa especialidade se alinha à terapia com Cannabis, oferecendo um cuidado holístico e contínuo, que reconhece as múltiplas dimensões do paciente e os benefícios terapêuticos da planta

Publicado em

5 de dezembro de 2024

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

Dia-Nacional-do- Médico-de-Família

Hoje, 5 de dezembro, é comemorado o Dia Nacional do Médico de Família, uma especialidade que, segundo o Anuário da Cannabis medicinal 2024 da Kaya Mind, ocupa o 5° lugar entre as áreas médicas que têm incorporado os Canabinoides como recurso terapêutico aqui no Brasil.

Anuário da Cannabis medicinal 2024 – Kaya Mind

Esses dados apontam que, tanto especialidades mais amplas quanto específicas, têm contribuído para um cenário diversificado, mostrando como a planta está sendo integrada a diferentes contextos médicos, ampliando seu potencial na saúde.

Outro dado importante, também do Anuário da Kaya Mind, mas da edição de 2023, revela que mais de um terço dos pacientes busca especialidades que articulem conhecimentos gerais sobre o corpo humano, com foco na atenção primária e em doenças não cirúrgicas em adultos.

É nesse cenário que o médico de família assume um papel fundamental, ou melhor, múltiplos papéis. Entre eles, destaca-se frequentemente a responsabilidade de elaborar um projeto de saúde e qualidade de vida para os pacientes.

Nesse sentido, a Medicina de Família e Comunidade (MFC) e a terapia com Canabinoides se encontram em pontos de contato essenciais: a abordagem integral e a longitudinalidade no cuidado.

Enquanto a MFC se fundamenta nesses princípios para oferecer um cuidado contínuo e personalizado, a terapia com Cannabis atua de maneira igualmente holística, tratando não apenas sintomas isolados, mas criando uma relação terapêutica única ao interagir com múltiplos alvos no corpo.

Médico de família e comunidade: olhar sistêmico e cuidado integral

Para entender melhor esse tema, conversamos com o médico Dr. Rodrigo Pacheco, que considera a medicina de família e comunidade como uma espécie de “coordenadora do cuidado”.

“A medicina da Família propõe colocar o paciente no centro. Nesse sentido, tratar a doença é, sim, importante, mas tratar os adoecimentos também é fundamental, com um olhar sistêmico e o cuidado de forma integral”, explica Dr Pacheco.  

O médico explica ainda que, para saber e diferenciar o que é adoecimento de doença, só tem uma ferramenta que realmente tem impacto: o vínculo. A longitudinalidade no cuidado.

“Hoje, a gente cuida ‘medicalizando’, como se as respostas de diversas questões estivessem em uma pílula mágica, e não estão. Claro que o remédio é importante, mas ele entra em uma dimensão desse processo, ele não consegue dar conta de tudo.”

A Medicina de Família e Comunidade adota uma visão integral da saúde, tratando o paciente de forma holística, levando em conta não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais. O médico de família busca compreender o paciente como um todo, em seu contexto de vida.

De forma semelhante, a terapia com Cannabis atua de maneira abrangente, reconhecendo o corpo como um sistema interconectado, no qual as moléculas da planta interagem de forma complexa.

“A Cannabis é muito diferente de uma substância isolada. Ela é uma terapia de muitos alvos. Não se resume a tratar sintomas isolados, mas a compreender múltiplos alvos no corpo, com moléculas que interagem com um sistema complexo, criando uma relação terapêutica única”, explicou o especialista.

Confira a live sobre mitos e verdades da Cannabis medicinal com Dr. Rodrigo Pacheco

Por fim, Dr. Rodrigo Pacheco explica como a Cannabis se relaciona com a Medicina de Família e Comunidade, destacando que ambas compartilham uma abordagem mais integrada, com um foco no contexto de vida do paciente.

“Acredito que a clínica da Cannabis e a Medicina de Família se conectam de maneira muito natural, pois a Cannabis é uma planta que traz à tona discussões sobre integralidade, desmedicalização e a compreensão do adoecimento além da doença. Mais do que tratar doenças, tratamos sintomas, e é transformador poder atuar diretamente nesses sintomas.Diferente dos sintomáticos alopáticos tradicionais, é gratificante usar algo que, ao atuar no sintoma, tem um impacto tão grande no conforto do paciente e na sua forma de lidar com o adoecimento”, finaliza Dr Pacheco.

Importante! 

Aqui no Brasil, o uso legal da Cannabis medicinal é autorizado apenas com a indicação e prescrição de um profissional de saúde especializado. Se você está considerando iniciar um tratamento com Canabinoides, é fundamental consultar um especialista com experiência nesse tipo de terapia.

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