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MISC: metodologia une Cannabis medicinal e terapias integradas para crianças neurodivergentes

MISC: metodologia une Cannabis medicinal e terapias integradas para crianças neurodivergentes

Inspirada em evidências científicas e na prática clínica, a MISC une fitocanabinoides e terapias integradas para ampliar o desenvolvimento de crianças neurodivergentes.

Publicado em

16 de setembro de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

Amparada por comprovações científicas que evidenciam os benefícios da cannabis medicinal em crianças neurodivergentes, surge também a atuação de profissionais de múltiplas áreas, que pesquisam, inovam e abrem caminhos para o desenvolvimento desses pacientes. Foi com esse olhar atento às transformações terapêuticas — em especial ao avanço dos fitocanabinoides — que o terapeuta ocupacional Adriano Conrado Rodrigues, especialista em transtornos do neurodesenvolvimento, idealizou a MISC (Metodologia Integrada Sensório-Canabinoide).

Segundo Adriano, a MISC representa uma revolução no cuidado de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, como TEA, TDAH, TOD e distúrbios do processamento sensorial. Já que a proposta integra ciência, prática clínica e a contribuição do Canabidiol (CBD) como modulador do sistema endocanabinoide. Diferente das abordagens isoladas, a MISC articula quatro pilares essenciais: volição ocupacional, organização sensorial, reforço comportamental e modulação neuroquímica

“MISC: a convergência entre Neurociências e o poder modulador dos Canabinoides”

O profissional explica que se inspirou em trabalhos de pesquisadores da integração sensorial para conectar o uso terapêutico do Canabidiol (CBD) com intervenções clínicas personalizadas. “A MISC é um caminho de excelência. Ela surge para dar parâmetros, organização e segurança no processo terapêutico. Não adianta termos a melhor medicação se não houver a abordagem correta, nem adianta a melhor terapia se o prescritor não estiver alinhado. A criança só atinge seu potencial máximo quando esses dois lados se encontram”, explica.

O resultado vem sendo observado, e celebrado, por famílias que buscam esperança com a nova proposta que une a terapia canabinoide com uma prática pensada na regulação e ativação do sistema endocanabinoide destes pacientes.

“É uma conexão de saberes. Eu pego o que temos de mais inovador nos estudos de perfis sensoriais e uno à ciência que cresce diariamente sobre a Cannabis medicinal. Assim surge uma metodologia que dá sentido à rotina da criança, seja na escola, em casa ou na clínica”.

Das boas práticas à pesquisa internacional e a busca pela homeostase sistêmica

Com formação em Terapia Ocupacional e mestrado em Ciências do Movimento Neuromotor, classificado nos Estados Unidos como Neurociências, Adriano construiu uma carreira dedicada ao cuidado de crianças com TEA, TDAH, TOD e distúrbios sensoriais

“A Metodologia Integrada Sensório-Canabinóide (MISC) nasce como resposta a essa demanda: um modelo terapêutico que une a participação e dimensões de diferentes especialidades, organização sensorial, reforço comportamental e modulação neuroquímica 4 com destaque para o papel do Canabidiol (CBD) como coadjuvante na regulação emocional”.

Entre 2023 e 2024, passou por um período de imersão em Nova York pesquisando a indústria da Cannabis e o papel do sistema endocanabinoide no neurodesenvolvimento. Sabe-se que o sistema endocanabinoide tem papel central no equilíbrio do organismo, ou seja, na chamada homeostase.

“Quando esse equilíbrio está abalado, a criança não consegue a autorregulação, e isso é justamente o que vemos em diagnósticos. A Cannabis pode ser uma aliada poderosa nesse processo. A criança que tem como diagnóstico principal, o TEA, por exemplo, ela pode trazer diagnósticos adjuvantes, como transtorno sensorial, TOD e vários outros que podem trazer dificuldade de autorregulação e aí que está a necessidade do processo terapêutico adequado. E a MISC busca parametrizar no âmbito de tornar esses processos mais seguros e que a homeostase aconteça para que ocorra melhor controle dessa autorregulação que não depende só da criança”.

A autorregulação como chave

Portanto, Adriano observa que um dos pilares da MISC é trabalhar a autorregulação. E que justamente esta capacidade frequentemente é comprometida em crianças com múltiplos diagnósticos associados, como TEA, TDAH e distúrbios sensoriais.

Esperança em forma de metodologia

Segundo o profissional, ao organizar processos e criar parâmetros claros, a MISC pode se posicionar como um marco no atendimento a crianças neurodivergentes ao associar a terapia canabinoide. 

“O CBD já abriu o caminho. A MISC vem agora colocar sinalização nessa estrada. É um movimento de humanização e de ciência. E eu acredito que seja um caminho sem volta: tudo que envolve o atendimento de uma criança com TEA, mais cedo ou mais tarde, vai se alinhar com a terapia canabinoide”, conclui.

MISC e a importância de multiprofissionais 

Na prática, a metodologia funciona de forma multiprofissional, envolvendo terapeutas ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos e educadores físicos. Cada especialista contribui com sua lente, mas todos se encontram em um plano de cuidado compartilhado e dinâmico. O uso do CBD surge como um aliado, potencializando terapias sensoriais e comportamentais ao reduzir a hiperatividade, estabilizar o humor, melhorar a qualidade do sono e favorecer a autorregulação da criança.

Por fim, Adriano traz casos clínicos que já demonstram os impactos positivos da MISC. Crianças diagnosticado com TEA, tiveram redução significativa de crises de ansiedade e maior engajamento escolar após dosagens de CBD e ajustes sensoriais. Para ele, com brilho nos olhos, esses resultados reforçam o papel da MISC como um modelo de cuidado inovador, humano e baseado em evidências, que busca não apenas tratar sintomas, mas promover desenvolvimento pleno e inclusão. Que seja apenas o início da MISC.

Cannabis medicinal e neurodivergentes

Especialmente em casos de TEA, já foram comprovados em diferentes estudos científicos de referência internacional os benefícios que a Cannabis pode proporcionar a estes pacientes, em sua maioria, crianças. Neste sentido, esta revisão científica demonstrou que o uso de óleo rico em Canabidiol (CBD) reduziu significativamente sintomas como ansiedade, crises de agressividade e dificuldades de comunicação em crianças autistas.

Já um estudo publicado na Nature Scientific Reports reforçou a melhora em hiperatividade, sono e autonomia social, confirmando o potencial da cannabis como ferramenta terapêutica no manejo do TEA. Além disso, uma revisão publicada na Frontiers in Neurology apontou que, além da redução de convulsões em casos refratários, o CBD trouxe ganhos adicionais em qualidade de vida, comportamento e interação social em crianças com múltiplos diagnósticos de neurodesenvolvimento.

“O que é muito marcante é ver meu filho feliz, tranquilo e relaxado”

Como iniciar um tratamento com Cannabis medicinal para insônia

É fundamental que qualquer tratamento com medicamentos à base de Cannabis seja feito com orientação médica. O profissional deve avaliar a condição e os tratamentos em andamento para recomendar a melhor formulação e dosagem. Além disso, a prescrição é uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adquirir os produtos de forma legal e segura.

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