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“Preguiça” associada a uso de Cannabis é mito, estudo revela

“Preguiça” associada a uso de Cannabis é mito, estudo revela

Publicado em

10 de fevereiro de 2022

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

cbd sistema imunológico estudos científicos que comprovam

De acordo com pesquisa dos EUA, usuários têm maior disposição para cumprirem tarefas e seguirem objetivos

Um receio comum entre pais é que o uso de Cannabis medicinal em adolescentes deixe seus filhos apáticos. A famosa “preguiça” associada ao uso da Cannabis não passa de um mito — é o que revela um estudo recente publicado por um grupo de cientistas do Tennessee, nos Estados Unidos.

A pesquisa é um aprofundamento de uma discussão recente que indicava uma relação entre o consumo de Cannabis e a síndrome amotivacional, um distúrbio psiquiátrico crônico caracterizado por estados emocionais e cognitivos de distanciamento, diminuição de desejos e danos relacionados à memória e à atenção.

 Imaginava-se que a Cannabis teria um efeito indireto na produção de dopamina no sistema mesolímbico, que controla algumas características cognitivas como a saliência motivacional (processo que motiva ou impulsiona o comportamento de um indivíduo) e o aprendizado reforçado (capacidade de tomar decisões em sequência), além de medo e motivação.

De acordo com essa teoria, quanto mais Cannabis um indivíduo consome, maior é o impacto negativo do sistema mesolímbico, resultando em um estado geral de apatia e inação.

Para testar essa tese, os pesquisadores reuniram um grupo de 47 estudantes universitários. Mais da metade, 25 deles, eram usuários de Cannabis — destes, 68% tinham hábitos de abuso do uso de Cannabis. Completavam o grupo, como controle, outros 22 estudantes que não faziam uso da substância.

Aos participantes foi solicitado que fizessem um teste para medir o dispêndio de esforço na obtenção de recompensar (Effort Expenditure for Rewards Taks, EEfRT, na sigla em inglês). Os resultados foram então analisados pelos pesquisadores.

 A avaliação geral demonstrou que os participantes tinham uma tendência maior de participar de tarefas que requerem esforço caso a recompensa fosse maior ou tivesse mais chances de ser obtida. 

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Em um aprofundamento da análise, os cientistas notaram que os estudantes que faziam uso intenso de Cannabis e que tinham consumido a substância no mês anterior ao teste tinham maior probabilidade de escolher tarefas que requerem mais esforço e ofereciam maiores recompensas.

De acordo com o estudo, “Os resultados fornecem evidências preliminares sugerindo que estudantes universitários que usam Cannabis são mais propensos a despender esforços para obter recompensas, mesmo depois de controlar a magnitude da recompensa e a probabilidade de recebimento da recompensa. Assim, esses resultados não suportam a hipótese da síndrome amotivacional.” 

Apesar de os resultados contrariarem a difundida tese que relaciona o uso de Cannabis à “preguiça”, os pesquisadores afirmam que estudos mais abrangentes são necessários para avaliar mais detalhadamente as associações entre o uso de Cannabis e os padrões de comportamento de esforço em um ambiente real e a longo prazo.

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Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

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