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Cannabis no Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia

Cannabis no Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia

Nesse Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, damos visibilidade ao tema com um texto especial da consultora canábica Lívia Oliveira

Publicado em

17 de maio de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Para celebrar o Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, que é comemorado em 17/5, vamos dar visibilidade para o tema com a participação especial da Lívia Oliveira. Ela é a primeira trans a fazer parte do mercado canábico, como consultora.

Abrimos esse espaço no Cannabis & Saúde para ela escrever para a gente um pouquinho da sua história e da relação com a planta. Além de consultora, Lívia cria conteúdo nas redes sociais e vocês podem acompanhá-la pelo Instagram @transcanabica.

Cannabis na luta contra a LGBTfobia

“Minha relação com a planta começou na adolescência, quando eu estava descobrindo minha sexualidade e identidade de gênero. Foi uma época difícil, sofria muito preconceito da minha família e da sociedade em geral. Encontrei na Cannabis um refúgio, um ponto de paz. Ela amenizava meu sofrimento causado pela LGBTQIAfobia, me deixando mais calma, relaxada e menos depressiva. À medida que estudava mais sobre o assunto, me apaixonei pela Cannabis e me formei em vários cursos relacionados a ela. Tenho muito orgulho de ter adquirido tanto conhecimento para compartilhar, especialmente com o meu público LGBTQIA+.

A Cannabis também me auxiliou durante o período de luto pela perda de uma amiga travesti assassinada. No Brasil, a expectativa de vida para mulheres trans e travestis é de apenas 35 anos para brancas e 28 anos para negras. Este ano completo 28 anos e, segundo as estatísticas, é meu último ano de vida. Isso é assustador. A Cannabis tem sido uma fonte de alívio para mim.

Fui expulsa de casa por ser travesti e fumar maconha. Hoje, sou a primeira Consultora Canábica Trans do Brasil, mas enfrentei muitas dificuldades para chegar até aqui. As empresas e a sociedade têm uma responsabilidade social e econômica em dar voz e espaço para nossa comunidade. Infelizmente, figuras como Dennis Perón, um ativista gay canábico que ajudou a iniciar o processo de legalização da Cannabis em todo o mundo, são apagadas de nossa história.

Reparação histórica

O mercado canábico precisa agir e priorizar as reparações históricas!

A Cannabis pode ser uma ferramenta para fortalecer a comunidade LGBTQIA+, fornecendo uma alternativa de renda e emprego para os membros dessa comunidade. Incentivar o empreendedorismo canábico entre os indivíduos LGBTQIA+ pode criar oportunidades econômicas e ajudar a diminuir as desigualdades sociais.

A indústria da Cannabis pode estabelecer parcerias e colaborações com organizações e iniciativas LGBTQIA+, fortalecendo assim os laços entre os movimentos de direitos LGBTQIA+ e canábicos. Essas colaborações podem incluir a promoção de eventos conjuntos e a arrecadação de fundos para causas LGBTQIA+ e a criação de espaços seguros e inclusivos para os membros das duas comunidades.”

Um agradecimento para a Lívia Oliveira pelas palavras e por compartilhar conosco a sua história. A quebra de preconceitos que buscamos no Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia anda junto com a defesa do direito à saúde, qualidade de vida e bem-estar para todos.

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O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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