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Anuário da Kaya Mind: Brasil já soma mais de 873 mil pacientes de Cannabis medicinal e deve bater recorde de importações em 2025

Anuário da Kaya Mind: Brasil já soma mais de 873 mil pacientes de Cannabis medicinal e deve bater recorde de importações em 2025

Dados do Anuário da Cannabis Medicinal 2025, da Kaya Mind, que acaba de ser lançado mostram crescimento acelerado do mercado com previsão de até 200 mil pedidos de importação neste ano e mercado próximo de R$ 1 bilhão.

Publicado em

25 de novembro de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

O uso de Cannabis medicinal segue em expansão no Brasil e já alcança uma dimensão inédita. Segundo o Anuário da Cannabis Medicinal 2025, produzido pela Kaya Mind, 873.111 brasileiros utilizaram produtos à base de Cannabis em 2025, um aumento de 30% em relação ao ano anterior, consolidando o tratamento como alternativa terapêutica relevante no país.

Os números reforçam o avanço contínuo do setor, mesmo diante de desafios regulatórios e barreiras de acesso. O mercado nacional também se aproxima da marca histórica de R$ 1 bilhão em 2025, indicando estabilização e amadurecimento do segmento.

De acordo com o relatório, um dos principais motores desse crescimento é a via de importação. Regulada pela RDC 660/22 da Anvisa, ela continua sendo a forma predominante de acesso. O levantamento aponta que 2025 deve ser o ano com maior número de pedidos desde o início das autorizações, com previsão de cerca de 200 mil solicitações, impulsionadas pela diversidade de produtos e pela prescrição à distância. Em média, o ano registrou mais de 500 pedidos diários, crescimento de 18% em relação a 2024 .

O cenário revela um paradoxo brasileiro: embora o país tenha uma das maiores infraestruturas de saúde do mundo, com mais de 635 mil médicos e 90 mil farmácias, menos de 1% dos profissionais habilitados prescreve Cannabis regularmente. Ainda assim, a demanda cresce e pressiona por avanços regulatórios, como a revisão da RDC 327/19 e a discussão sobre cultivo nacional.

Importações batem recorde e seguem como principal via de acesso

A importação regulada pela RDC 660/22 permanece como a principal forma de acesso no país, impulsionando o crescimento do mercado. Em 2025, a previsão é de cerca de 200 mil pedidos de importação, o maior volume desde o início das autorizações, com média superior a 500 solicitações diárias, aumento de 18% em relação a 2024.

A demanda crescente reforça a busca de pacientes por produtos não disponíveis no Brasil e pela variedade terapêutica, ao mesmo tempo em que o setor aguarda possíveis restrições da Anvisa na norma de importações.

Expansão do acesso e capilaridade nacional

Os dados também mostram que o tratamento com cannabis medicinal está mais presente no território brasileiro. Desde 2019, mais de 4.730 municípios foram alcançados, e em 2025, 59% das cidades registraram ao menos uma dispensação, com forte impacto da prescrição online, que ampliou o acesso a regiões onde não há especialistas. Esse movimento indica que a cannabis medicinal ultrapassou centros urbanos e começa a integrar rotinas de cuidado em cidades menores e periferias.

Avanços e indefinições regulatórias

O relatório destaca um cenário de avanços regulatórios importantes, como a revisão da RDC 327/19, que pode ampliar formas farmacêuticas, permitir manipulação de CBD e facilitar prescrições. Além disso, o STJ autorizou o cultivo medicinal de cânhamo, criando expectativa para produção nacional regulamentada. Porém, o setor ainda convive com incertezas, vetos estaduais e falta de definição sobre cultivo.

O autocultivo autorizado por habeas corpus já beneficia cerca de 7.000 pacientes, com 978 pedidos analisados pelo STJ desde 2013, refletindo uma alternativa de acesso diante de custos elevados e falta de oferta nacional. Paralelamente, o número de associações continua crescendo: 315 CNPJs ativos atuam com cannabis medicinal no Brasil, um aumento de 22% em relação ao ano anterior, com maior concentração no Sudeste e Nordeste.

O avanço das pesquisas científicas no país

O anuário registra também o fortalecimento da pesquisa científica. Desde 2015, 111 autorizações de pesquisa com cannabis foram concedidas pela Anvisa, incluindo projetos acadêmicos, desenvolvimento tecnológico e ensaios clínicos. A ampliação de cursos e capacitações aponta para um processo de profissionalização crescente e maior embasamento científico na prática clínica.

40 a 49 anos é a faixa etária dos pacientes de Cannabis medicinal

A distribuição dos pacientes que utilizam produtos importados de cannabis no Brasil revela um perfil majoritariamente adulto e economicamente ativo. No primeiro semestre de 2025, a faixa entre 40 e 59 anos concentra a maior parte dos usuários, seguida pelo grupo de 29 a 40 anos, indicando que o tratamento está mais associado a condições crônicas e demandas terapêuticas típicas da vida adulta.

A única exceção é a região Norte, onde há maior presença de pacientes com até 14 anos, um dado que aponta para particularidades locais, como padrões de prescrição e acesso diferenciados.

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Como começar um tratamento com Cannabis?

Aqui no Brasil, o uso medicinal da Cannabis é possível desde que tenha a prescrição de um médico ou dentista. Acessando a nossa plataforma de agendamentos você pode marcar uma consulta com um profissional da saúde experiente na prescrição desse tipo de tratamento.

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