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Cada vez mais pacientes procuram Cannabis para tratar sintomas da Ela

Cada vez mais pacientes procuram Cannabis para tratar sintomas da Ela

Segundo representantes da ABrELA - Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica, cada vez pacientes com ELA buscam a terapia canabinoide devido ao seu potencial de tratar sintomas da condição.

Publicado em

20 de junho de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

A ABrELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica, foi fundada em 1999. O objetivo de neurologistas, em especial o Dr. Acary Oliveira, era ser uma referência para pacientes e profissionais da saúde, informando e divulgando  questões científicas sobre a condição. Mais de 20 anos depois, podemos dizer que a ABrELA atingiu suas metas.

Atualmente a ABrELA é referência no Brasil ao acolher pacientes e familiares da Ela, com conteúdos de apoio, protocolo clínicos para médicos e profissionais da saúde e doações de materiais para pacientes. 

Atualmente, a associação organiza materiais de apoio, protocolos clínicos, campanhas de conscientização e doações de recursos adaptáveis, além de difundir as mais recentes evidências científicas sobre o manejo da doença.

“Estamos conectados com o que há de mais novo sobre tratamentos clínicos e multiprofissionais relacionados à ELA. Nosso objetivo é oferecer aos pacientes o melhor que a ciência tem”, afirma Cecília H. M. Campos, assistente social da entidade.

Ela no Brasil e a importância da ABrELA

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma condição neurodegenerativa rara, progressiva e fatal, que afeta principalmente os neurônios motores, responsáveis pelos movimentos voluntários. Essa doença atinge cerca de dois a cinco indivíduos a cada 100 mil habitantes por ano, segundo dados internacionais, afetando predominantemente adultos entre 40 e 70 anos, com um leve predomínio masculino.

Caracterizada por fraqueza muscular, atrofia, espasmos e dificuldades na fala, deglutição e respiração, a ELA ainda desafia a comunidade médica devido à ausência de cura ou de tratamentos capazes de interromper sua progressão. Por isso, o foco das condutas terapêuticas e também da ABrELA está voltado para o controle dos sintomas, a qualidade de vida e o suporte multidisciplinar.

Cannabis no tratamento dos sintomas do ABrEla

Nesse cenário, a terapia com Cannabis medicinal vem conquistando espaço entre pacientes e profissionais que lidam com a doença.

Segundo representantes da Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA), cresce o número de pacientes que buscam a Cannabis como alternativa para aliviar sintomas da ELA. E também efeitos colaterais de medicamentos convencionais, especialmente aqueles ligados à dor, espasticidade, fadiga crônica, insônia e ansiedade.

A Cannabis medicinal vem sendo utilizada em diversas condições neurológicas e já demonstra resultados animadores no tratamento sintomático da ELA.

“Há uma procura crescente pelos tratamentos com Cannabis. Fadiga, dor e espasticidade são sintomas comuns que têm apresentado melhoras importantes em muitos pacientes”, relata Tatiana Mesquita e Silva, fisioterapeuta e vice-presidente da ABrELA.

Ela enfatiza, porém, que ainda são necessárias pesquisas mais robustas sobre eficácia e segurança, já que muitos pacientes podem ser vulneráveis a efeitos adversos.

“Existem sintomas que são mediados hoje por medicações alopáticas, mas está começando a ter uma grande procura dos pacientes também pelo Cannabis e outras questões mais fitoterápicas. Entendo que hoje vem uma atuação, uma procura em cima da sintomatologia que é justamente onde a Cannabis atua”, explica Tatiana que também é mestre e doutora em neurologia pela UNIFESP-EPM.

Cannabis para tratar a dor crônica

Dentre os sintomas mais difíceis de controlar, a dor crônica se destaca, atingindo mais da metade dos pacientes com ELA. Os tratamentos convencionais, como analgésicos opioides ou relaxantes musculares, muitas vezes não trazem o alívio desejado ou provocam reações indesejáveis.

“O uso da Cannabis no combate à dor de quem tem ELA acumula evidências promissoras”, observa Tatiana.

Outro ponto observado, tanto por Tatiana como por Cecília, é que o uso medicinal da Cannabis seja orientado por profissionais médicos. E baseado em protocolos individualizados, buscando sempre o equilíbrio entre evidências, necessidades do paciente e riscos envolvidos.

Busca por qualidade de vida para quem tem ELA

A busca constante por qualidade de vida e bem-estar faz com que pacientes, A ABrELA e profissionais de saúde sigam atentos às novas possibilidades terapêuticas. A esperança está na ciência e no diálogo sobre todas as alternativas que possam amenizar o impacto da ELA na vida das pessoas e de suas famílias. E é nesta seara que a terapia canabinoide se encontra.

Na próxima quarta-feira, dia 25, às 19h, a ABrELA participa como convidada junto ao médico Dr. Marco Orsini da live do Portal Cannabis & Saúde sobre Esclerose Lateral Amiotrófica. Inscreva-se aqui e participe.

O acesso legal à Cannabis medicinal no Brasil é permito mediante indicação e prescrição de um profissional de saúde habilitado. Caso você tenha interesse em iniciar um tratamento com canabinoides, consulte um profissional com experiência nessa abordagem terapêutica.

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Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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