Aos 42 anos, Loren Danielle Medeiros Garcia conhece bem o que é viver com dor. Após mais de duas décadas em busca de respostas nos consultórios médicos, recebeu o diagnóstico de fibromialgia — uma condição crônica e debilitante que transformou radicalmente sua rotina. Além das dores intensas, ela enfrenta fadiga extrema, insônia, lapsos de memória, espasmos musculares e uma série de outros sintomas que comprometem sua autonomia e qualidade de vida.
“Eu não vivia. Eu sobrevivia. Estava isolada, emagreci 34 quilos sem perceber, e cheguei a um ponto em que desistir parecia uma opção”, conta Loren, relembrando um dos períodos mais difíceis antes do tratamento com Cannabis medicinal.
Diagnóstico de fibromialgia
A primeira memória de dor de Loren remonta à infância. “Minha mãe penteava meu cabelo e eu sentia dores nas pernas tão fortes que não conseguia ficar em pé.” Durante anos, os sintomas foram atribuídos a “dores do crescimento” e, mais tarde, a outras condições. Ela passou por diversos especialistas — neurologistas, ortopedistas, cardiologistas — mas os exames sempre voltavam “normais”.
O diagnóstico definitivo de fibromialgia só veio por volta de 2019. “Demorou mais de duas décadas. Muitos médicos nem acreditavam na existência da fibromialgia”, afirma.
O Impacto da Doença
Essa condição comprometeu cada aspecto da vida de Loren. Ela descreve episódios de “apagões”, esquecimentos severos e espasmos musculares dolorosos. “Já saí de moto e precisei parar no meio do caminho sem saber para onde estava indo”, relata.
Outros sintomas incluíam insônia aguda — com noites em que dormia apenas duas horas — náuseas diárias, sensibilidade extrema ao toque, sensação constante de queimação na pele, e alterações de humor.
“A sensação é de queimação constante e muda de lugar no corpo, sempre de forma intensa. Para tentar te explicar, é como se eu tivesse ficado muito tempo no sol, a ponto de a pele ficar toda vermelha e queimada. Aí, alguém vem e dá um tapa bem onde está mais sensível. Ou como se jogassem água fervendo em cima”, descreve Loren, ao tentar traduzir em palavras uma das dores mais difíceis de suportar causadas pela fibromialgia.
Começo do tratamento com a Cannabis Medicinal
Foi durante a pandemia, quando já havia perdido quase todas as forças, que Loren decidiu tentar o tratamento com Cannabis medicinal, sob acompanhamento médico. E a mudança foi bastante expressiva na rotina de Loren.
“A primeira coisa que senti foi fome. Eu não conseguia comer nada até o meio da tarde por causa das náuseas. A Cannabis me ajudou nisso, me ajudou a dormir, a controlar espasmos, dores e tremores”, conta.
O tratamento começou com doses de óleo de CBD (canabidiol), e, após orientação médica, passou também a incluir pequenas doses de THC. “Hoje, o acompanhamento é constante, e meu médico está sempre disponível para orientar qualquer ajuste”, explica.
Vida com qualidade
A Cannabis não curou Loren, mas lhe devolveu qualidade de vida. “Hoje eu caminho, faço exercícios na piscina, passeio com meus cachorros. Tenho disposição, coisa que eu achava que nunca mais ia ter”, diz.
Ela também relata melhorias em sua saúde mental e no convívio social. “Eu vivia em silêncio. Sorria para todo mundo, mas era um sorriso vazio. Hoje, meus sorrisos são mais verdadeiros. E isso não tem preço.”
A importância do acompanhamento médico
Loren reforça que o uso da Cannabis sempre foi feito com orientação médica. “Não é simplesmente tomar e pronto. Existe um protocolo, com ajustes constantes e observação dos efeitos. Para funcionar, exige disciplina, alimentação adequada e acompanhamento psicológico”, afirma Loren. O contato contínuo com o médico permitiu que o tratamento fosse personalizado. “Quando percebo algo diferente, converso com ele, e ajustamos. É um trabalho em equipe.”
Loren sabe que sua história representa a de milhares de pessoas com fibromialgia que ainda não encontraram uma alternativa eficaz de tratamento. Para ela, a Cannabis medicinal é mais do que um alívio: é uma nova chance de viver.
“Se não fosse por esse tratamento, eu não estaria mais aqui. Ela me devolveu a vida”, finaliza.
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