A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) está recrutando voluntários para uma pesquisa sobre os efeitos da combinação entre exercícios terapêuticos e medicamentos à base de Cannabis no tratamento de pessoas com Parkinson. O objetivo é analisar como essa abordagem pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, aliviando sintomas como rigidez muscular, tremores, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.
Para fazer parte do estudo, é necessário apresentar um atestado médico confirmando o diagnóstico de Parkinson e outro documento que comprove a aptidão para fazer exercícios físicos. Os participantes deverão comparecer presencialmente à Unesc, em Criciúma (SC), às segundas e quartas-feiras, das 15h às 16h.
Para mais informações e inscrições, entre em contato com o Laboratório de Fisiopatologia Experimental da Unesc pelo telefone (48) 3431-2773 ou pelo e-mail proparkunesc@gmail.com.
Como será o estudo da Unesc sobre Cannabis no tratamento do Parkinson
Os voluntários vão passar por uma avaliação inicial para analisar sintomas motores e não motores, como qualidade do sono, saúde mental e tremores. Após essa fase, os participantes serão divididos em dois grupos:
Grupo 1: realizará apenas os exercícios terapêuticos
Grupo 2: fará os exercícios e também receberá medicamento à base de Cannabis
Essa etapa do estudo terá duração de três meses. Ao final desse período, os pesquisadores irão reavaliar os pacientes, comparar os resultados e analisar a eficácia do tratamento.
O trabalho da Unesc no estudo do Parkinson
A pesquisa está sendo conduzida pelo Laboratório de Fisiopatologia Experimental, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da universidade. Além disso, o estudo conta com a experiência do Projeto de Extensão do Programa de Atendimento aos Portadores de Parkinson (ProPark), da Unesc.
Criado em 2016, o ProPark é um projeto dos cursos de Fisioterapia, Educação Física e Psicologia da Universidade. No programa, eles buscam oferecer suporte individualizado para melhorar tanto as habilidades motoras quanto o bem-estar emocional dos pacientes.
Nas sessões de exercícios terapêuticos, os participantes fazem principalmente alongamento, exercícios aeróbicos e de força, além de técnicas para aprimorar o equilíbrio.
Entendendo os sintomas
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que compromete o sistema nervoso, afetando os neurônios responsáveis pelo controle dos movimentos. Com a progressão da doença, ocorre uma perda progressiva dos células que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial para o funcionamento cerebral.
A falta de dopamina causa sintomas como:
- Tremores
- Rigidez muscular
- Movimentos mais lentos
- Dificuldade para manter o equilíbrio
Apesar de não ter cura, o tratamento ajuda a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente e dos seus familiares.
Como os medicamentos ajudam
Os principais tratamentos incluem medicamentos como a levodopa, que ajudam a repor a dopamina no cérebro. No entanto, em alguns casos, essa abordagem perde eficácia com o tempo.
Por isso, outras estratégias também são recomendadas, como:
- Fisioterapia
- Terapia ocupacional
- Uso de medicamento à base de Cannabis
Como os compostos da Cannabis ajudam no tratamento
Os benefícios do tratamento com Cannabis acontecem principalmente pela interação dos compostos da planta com o sistema endocanabinoide, que regula funções como dor, inflamação e a atividade dos neurônios.
O cérebro possui receptores desse sistema chamados CB1 e CB2, que desempenham um papel importante na comunicação entre os neurônios. Em pessoas com Parkinson, a atividade do receptor CB1 é reduzida, e há níveis baixos de anandamida, um composto natural do corpo.
Nesse sentido, os medicamentos à base de canabinoides ajudam a equilibrar essa atividade, proporcionando alívio dos sintomas motores e não motores da doença.
Como iniciar um tratamento com Cannabis para Parkinson
Estudos anteriores indicam que o uso de medicamentos com Cannabis pode melhorar sintomas motores e não motores do Parkinson. O estudo da Unesc é inovador porque adiciona a prática de exercícios físicos ao tratamento, criando uma abordagem mais completa.
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O profissional fará análise detalhada da condição de saúde e, se apropriado, vai prescrever um tratamento sob medida para as necessidades do paciente.
Lembre-se que cada organismo reage de forma diferente ao tratamento com canabinoides. Então, é fundamental ter um acompanhamento próximo ao profissional de saúde para fazer os ajustes necessários na dosagem ou na formulação do medicamento.
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