Atualmente, a busca pelo emagrecimento cresceu significativamente, impulsionada pelo conceito de vida FIT, que, apesar de estar relacionado à qualidade de vida, muitas vezes é tratado como um símbolo de status. Em uma rotina cada vez mais corrida, tirar um tempo para cuidar de si mesmo deveria ser algo normal, mas na prática tornou-se um privilégio de poucos e o desejo de muitos.
Quando há sobrepeso ou algum grau de obesidade, existem marcadores importantes que indicam a evolução da resistência à insulina e o risco de falência das células beta pancreáticas (Page MM & Johnson JD. Trends Endocrinol Metab, 29, 2018).
Sabemos que o aumento da resistência insulínica está associado a processos inflamatórios, envelhecimento precoce e, principalmente, à perda de saúde.
Por isso, a busca pelo “shape” da saúde e pela vida FIT vem ganhando destaque no momento atual.
Ozempic, Wegovy e Rybelsus
Medicamentos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus — todos à base de semaglutida — atuam estimulando os receptores de GLP- 1 . Eles promovem a liberação controlada de insulina, inibem a produção excessiva de glucagon e retardam o esvaziamento gástrico, reduzindo os níveis de glicose no sangue após as refeições.
Já a “febre” do Mounjaro (tirzepatida) se deve ao fato de ser um agonista duplo dos receptores de GLP-1 e GIP, imitando a ação de dois hormônios intestinais que regulam tanto o açúcar no sangue quanto o apetite.
Mas será que essa é a única forma de controlar a fome e auxiliar no emagrecimento?
A resposta é não. O Cannabis medicinal traz uma alternativa inovadora e natural por meio da molécula THCV. Essa substância interage com os receptores CB1 e CB2, melhorando a sensibilidade à insulina e o metabolismo da glicose — o que a torna uma excelente protagonista ou coadjuvante, dependendo da necessidade de perda de peso e controle da resistência insulínica.
Além disso, a THCV atua na diminuição da compulsão alimentar, influenciando diretamente os centros cerebrais que controlam o apetite. (Front. Endocrinol., 03 March 2020, Sec. Obesity, Volume 11 – 2020)
E os benefícios não param por aí.
No Congresso Americano de Dermatologia (AAD), realizado em março de 2025, a resistência insulínica foi apontada como fator-chave no tratamento de diversas doenças dermatológicas, como:
- Psoríase (Armstrong AW, et al. JAMA Dermatol, 149, 2013)
- Hidradenite supurativa (Sante et al., JAMA Dermatol, 2017)
- Alopecia (JAAD Case Reports, 2020 Feb 1;6(2):106-8)
- Acne
- Melasma
Com propriedades anti-inflamatórias e potencial para reduzir a resistência insulínica, a THCV se destaca como uma nova abordagem terapêutica integrativa. Estamos, assim, diante de uma expansão no campo de atuação dessa molécula, oferecendo uma alternativa mais natural que une ciência, saúde e qualidade de vida.