A telemedicina e a terapia com Cannabis medicinal têm possibilitado uma revolução significativa na abordagem de cuidados médicos no Brasil, especialmente no que se refere ao bem-estar das mais de 670 mil pessoas que utilizam produtos à base da planta no nosso país.
A telemedicina, que antigamente pode ter sido vista com reservas, hoje se consolida como uma modalidade surpreendente no âmbito da saúde. A sua capacidade de romper barreiras, tanto geográficas quanto conceituais, desafia a premissa de que a consulta presencial detém a qualidade do atendimento.
Para o médico Dr. Carlos Fabricio Fernandes Brazão, contrariamente a essa visão, a experiência demonstrou que a excelência reside não no formato, mas na dinâmica da relação clínica e na eficácia da comunicação.
“A telemedicina praticamente rompeu com o meu pensamento rígido de achar que uma consulta presencial, comparado com uma consulta por telemedicina, teria uma diferença de qualidade estrondosa. Na verdade, tem consultas presenciais muito ruins, e consultas, por telemedicina, muito, muito ricas e o inverso. Depende muito de como a relação clínica se estabelece. Eu considero um grande objeto de estudo e de análise”, pontua.
A telemedicina criou pontes entre pacientes que buscam a Cannabis e médicos que estudam sobre a terapia canabinoide
A associação entre a terapia canabinoide e a telemedicina gerou uma sinergia de inovação crescente no tratamento de diversas condições de saúde, ampliando o alcance dos cuidados médicos e proporcionando um melhor suporte aos pacientes.
Neste sentido, os serviços de telemedicina, como nós do portal Cannabis & Saúde, estão se mostrando imprescindíveis para conectar pacientes a médicos que prescrevem Cannabis medicinal. Uma pesquisa recente da Kaya Mind indicou que a maioria das prescrições de Cannabis no Brasil está concentrada em regiões como o Sudeste, com apenas 20% atuando no Norte e Nordeste. Isso torna o atendimento remoto uma solução importante para preencher essa lacuna geográfica, permitindo que pacientes de regiões menos atendidas tenham acesso a tratamentos eficazes.
Não há dúvidas de que a combinação da telemedicina com a Cannabis medicinal representa um avanço promissor na prestação de cuidados de saúde no Brasil. Essas inovações não apenas tornam os tratamentos mais acessíveis e práticos, mas também refletem um movimento crescente em direção à humanização e personalização da saúde.
As oportunidades de melhoria e inovação continuam a crescer, destacando a importância de uma abordagem integrada e acessível aos cuidados médicos.
Veja nossa entrevista com Dr. Fabrício sobre telemedicina
Dr. Fabrício, poderia destacar três pontos fortes da telemedicina?
“Primeiramente, a praticidade de atender uma pessoa no seu ambiente de preferência, que pode ser casa, pode ser trabalho, às vezes até dentro de carro. Às vezes na dinâmica corrida de quem às vezes está na rua, eu tenho gente que às vezes está no aeroporto Esta facilidade é bem importante. E um outro aspecto que anda junto com a facilidade é o conforto.
Quando você atende, e eu me restrinja a quem prefere ser atendido de dentro de casa, eu sei que por ser médico de família, o conforto do lar é algo sem igual, é algo inefável na vida de uma pessoa. Quando a pessoa está ali no seu conforto quando, claro, dentro da casa, da residência dessa pessoa tem esse conforto possível, muita memória e os sintomas conseguem surgir de uma forma bem interessante.
E acho que uma outra questão, além da facilidade e do conforto, eu colocaria o lado profissional mesmo. Me coloco também nisso. Eu acho que é um tipo de atendimento que traz agilidade sem perda de qualidade.
Eu consigo olhar nos olhos das pessoas quando eu olho para a câmera. Eu consigo fazer registros sincrônicos e ao mesmo tempo consigo ouvir e falar”.
Dr. a telemedicina tem desempenhado um papel importante na ampliação do acesso à terapia canabinoide em todo o Brasil. Segundo o Anuário da Cannabis Medicinal de 2024, elaborado pela Kaya Mind, mais de três quartos dos municípios brasileiros já registraram pacientes que iniciaram tratamentos com a planta. Facilitados, em grande parte, pelo teleatendimento. Como o Dr. observa a relação terapia canabinoide e telemedicina?
“Há alguns pontos para a gente pensar, referente especificamente à Cannabis. Um deles é por ser um uma ferramenta de terapêutica médica, um instrumental da saúde que está em reemergência, desde os anos 80, vamos colocar, e principalmente nesses últimos anos, especificamente 10 a 5 anos, cresceu bastante.
E, tendo como base, todo o histórico que a Cannabis tem, a facilidade de um encontro online, entre uma pessoa que tem interesse no tratamento, ou que busca alguma informação acerca desse tratamento, e o profissional que consegue oferecer esse tratamento, para mim consegue ser um dos principais pontos de encontro da medicina com Cannabis e essa virtualidade da telemedicina.
É facilitar o contato. E acho que isso de alguma forma deve ter contribuído muito para espalhar. Eu comecei o meu consultório particular na pandemia, então era um período que só era possível fazer atendimentos online. E nesse momento também eu comecei com os atendimentos mais regulares de Cannabis medicinal.
Atendo gente do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de São Paulo, de Cunha, de interiores de Minas Gerais, gente que está em Miami, em Genebra, enfim, tem uma casuística de gente em muitos lugares. Atendi pessoas que estavam no Japão. É uma facilidade, né?
Igualmente, acho que é uma informação que está circulando nesse portal que é a Internet, que faz a informação circular de uma forma rápida. E que eu tenho o meu minhas resalvas também com isso. Mas não da telemedicina.
Acho que a telemedicina é uma ponte. E mesmo sendo muito crítico, eu sabia da existência da telemedicina, nos congressos de medicina de família e comunidade a gente abordava muito sobre telemedicina. Usei a telemedicina nos primórdios quando eu trabalhei como médico de família em áreas remotas do Brasil, mas era de você ligar para uma central. E isso foi em 2016, 2017, tempo pré-pandemia.
Então eu comecei na pandemia a fazer medicina online com ressalvas, mas na primeira semana eu já me surpreendi bastante”.
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Aqui no Brasil, o uso medicinal da Cannabis é permitido desde que com recomendação e prescrição de um profissional de saúde com experiência na área. Caso você estaja considerando iniciar um tratamento com Canabinoides, é essencial consultar um especialista.
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