Acima de tudo, um acidente serviu de gatilho para o descontrole da ansiedade de Pietro Sala, ainda aos 13 anos. Uma queda de bicicleta deixou o jovem, hoje com 31 anos, por um mês e meio, em coma.
“Eu tive complicações bem graves. Em resumo, a recuperação foi muito difícil e eu tive que reaprender coisas básicas, como ficar em pé, andar, comer e falar.”
O traumatismo craniano durante a queda provocou uma condição chamada de lesão axonal difusa, em que os axônios, responsáveis pela comunicação dos neurônios, são danificados.
“Tive uma recuperação estupenda. Em pacientes com o mesmo tipo de lesão que eu, a taxa de sobrevivência é de 3%. Eu não só sobrevivi, como eu me recuperei. Fiquei com uma hemiplegia, mas quem não é fisioterapeuta nem percebe.”
Sequela invisível: ansiedade
Vendo o adolescente fisicamente bem, a família o considerou recuperado. Dessa forma, não o compreenderam, quando os sintomas migraram e passaram a se expressar em sua saúde mental.
“Se criou um estigma de que eu já estava curado. Quando tem um evento tão importante na sua vida, as pessoas que te cercam sentem demais Eu insistia que tinha alguma coisa, mas as pessoas me viam recuperado e, para elas, eu estava melhor.”
“Por isso, eu sofri muito. Sempre foi um conflito muito grande com a minha família. Uma hora, eu bati o pé e resolvi me tratar.”
Um tratamento para a ansiedade
Aos 20 anos, buscou um tratamento psiquiátrico. “Tomei medicamentos de todos os tipos. Antidepressivos, antipsicóticos, e era sempre aquela história de levar um tempão para se acostumar, aí não dá certo e precisa tentar outro. Sofri muitos anos nisso, sem qualquer melhora efetiva, só efeito colateral.”
A alternativa surgiu de um convite de um amigo, alguns anos depois. “Fui numa palestra, de um professor da UFSC, Paulo Bittencourt, e ele trabalha com Cannabis. Foi quando eu falei: meu remédio está aqui, em uma planta.”
Pietro marcou uma consulta com o próprio professor da Universidade Federal de Santa Catarina, que é neurologista, e deu início ao tratamento com Cannabis medicinal. “Levou um tempão para fazer efeito. Pelo menos uns seis meses.”
Mas, aos poucos, a ansiedade deixou de incomodar. “Hoje, consigo manejar a ansiedade muito bem e estou bem melhor. Levo sempre meus óleos comigo e isso me mantém isento de ansiedade quase em 100%.”
“Um dia, com dois anos de tratamento, eu estava me consultando com a minha psicóloga e minha ansiedade tinha baixado tanto, que foi suficiente para ela olhar para mim e perceber que o meu problema não era só ansiedade, era atenção também.”
“Minha ansiedade era tão grande que mascarava o diagnóstico de TDAH. Nenhum médico nunca tinha sugerido essa possibilidade.”
Um novo rumo
Já faz cinco anos que Pietro faz tratamento com Cannabis medicinal. Pela primeira vez na vida, entendia o que estava se passando com ele e, assim, pôde cuidar de forma apropriada.
“Tinha dificuldade de me organizar, sequenciar tarefas, planejar, me manter motivado. Tentei fazer gastronomia, mas parei na metade do curso, porque não conseguia ir adiante. O TDAH me afetou minha vida inteira, mas ninguém sabia da sua existência.”
Assim, pela primeira vez, conseguiu se concentrar em algo, e viu a Cannabis cada vez mais presente em sua vida. “A Cannabis me devolveu a funcionalidade.”
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