Vai acontecer nesta terça-feira, dia 25 de outubro, uma mesa redonda com grandes nomes da Cannabis medicinal para debater os impactos da resolução 2.324 do Conselho Federal de Medicina (CFM). O encontro será transmitido online e gratuitamente a partir das 19h30, você pode se inscrever para assistir clicando nesse link.
A mesa redonda está sendo organizado pela Dra. Ailane Araújo, que é médica e fundadora do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinóide e Integrativa (NDCMI). Além dela, estarão presentes outros profissionais reconhecidos pelo seu trabalho com a Cannabis na área da medicina e do direito.
Veja os participantes da mesa redonda
O impacto da resolução 2.324 do CFM será debatido por médicos e advogados, veja a seguir os participantes do debate.
Médicos
- Dra. Ailane Araújo – pediatra e nutróloga, ela foi pioneira na prescrição de Cannabis no Brasil e na formação de médicos prescritores. Fundadora e presidente do NDCMI;
- Dra. Ana Hounie – psiquiatra, com experiência na prescrição de canabinoides para várias condições, principalmente TOC e síndrome de Tourette. Faz parte da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC);
- Dr. Flávio Alves – pediatra e neuropediatra, é diretor científico da APMC e professor da Universidade de Medicina do ABC;
- Dr. Mário Grieco – especializado em clínica médica e um dos pioneiros na prescrição de canabinoides no país, ele é autor do livro Cannabis Medicinal baseado em fatos;
- Dr. Rubens Wajnsztejn – neuropediatra e professor de Neurologia na Universidade de Medicina do ABC, também é presidente da APMC;
- Dr. Wellington Briques – clínico geral e acupunturista, atualmente é Chief Medical Officer no Instituto Butantã.
Advogados
- Emílio Figueiredo – especializado em Direito e Cannabis com responsabilidade social, é fundador da Rede Jurídica Reforma da Política de Drogas;
- Rafael Vieira – especializado em Direito à Saúde, é o responsável pelo comitê jurídico do NDMCI.
Repercussão da resolução 2.324 do CFM
A mesa redonda com alguns dos maiores nomes da Cannabis no Brasil se soma a outras ações, tanto da sociedade civil quanto do poder público, em reação à resolução 2.324 do CFM. Na última sexta-feira, atos em protesto contra a medida aconteceram em diversas capitais do país. Bem como, tivemos a apresentação de Projetos de Decreto Legislativo pedindo a revogação da 2.324 nas duas casas do Congresso Nacional, no Senado, com a senadora Mara Gabrilli, e na Câmara dos Deputados, com o deputado federal Paulo Teixeira.
A Ordem dos Advogados do Brasil do estado de São Paulo também demonstrou preocupação com a resolução ao emitir nota através da sua Comissão de Direito Médico e de Saúde. O CFM, em contrapartida, se comprometeu a realizar consulta pública sobre a 2.324 para ouvir tardiamente a população.
Médicos têm respaldo para seguir prescrevendo
Como lembrou o Dr. Eduardo Faveret, em ato na Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, os médicos estão respaldados pelo código de ética médica e podem seguir as prescrições de Cannabis com fins medicinais. A recomendação dele é documentar a prática, indicação e evolução do paciente, além de indicar que o paciente assine um termo de consentimento em seguir essa terapia.
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