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Kit DLM detecta CBD e THC: objetivo é promover segurança do paciente

Kit DLM detecta CBD e THC: objetivo é promover segurança do paciente

O Kit DLM Cannabis foi produzido no Instituto de Química da UFRJ e está em fase de comercialização pela Agência UFRJ de Inovação. 

Publicado em

4 de outubro de 2022

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

Kit DLM

Garantir a segurança do paciente. Este é o principal objetivo do Kit DLM que detecta CBD e THC em óleos de Cannabis. O Kit DLM Cannabis foi produzido no Instituto de Química da UFRJ. E a patente está em fase de comercialização pela Agência UFRJ de Inovação

Basicamente, o Kit DLM conta com reagentes que, em poucos minutos, mudam de cor: “Em 30 segundos o Kit indica se há tem mais porcentagem de CBD ou de THC. Se ficou azul é THC, se ficou violeta detectou THC. A Cannabis é um medicamento e é por isso que precisa de controle para uso e segurança. Espero que a Cannabis evolua no Brasil pois será fonte de renda e trabalho no Brasil. Temos muitos profissionais habilitados para trabalhar na área”, explicou o professor Cláudio Cerqueira, que está à frente do grupo de pesquisa responsável pelo Kit e com quem conversamos com exclusividade.

Kit DLM

A polêmica sobre o Kit DLM

O lançamento do Kit gerou polêmica. Em primeiro lugar pela forma em que foi divulgado por sites de notícias: criando a separação inexistente entre Cannabis lícita da Cannabis ilícita e também a questionável, e talvez obsoleta, diferenciação entre o uso recreativo versus uso terapêutico. 

A educadora canábica Luna Vargas destacou que o “THC é um canabinoide extremamente medicinal: super analgésico e anti-inflamatório”. E sendo assim, o kit não poderia ter sido divulgado simplesmente como uma ferramenta que detecta a parte “ilícita” da Cannabis. Ou seja, é imprescindível entender que toda a planta, com seus canabinoides, tem propriedades medicinais e podem ser aliadas em tratamentos que devolvem o bem-estar.  

Igualmente neste sentido, a REAJA Soluções Colorimétricas, que também desenvolve este tipo de Kit, afirmou que “o amadurecimento no debate da Cannabis medicinal no Brasil permitiu as pessoas entenderem a multiplicidade de tratamentos com diferentes composições de canabinoides, dentre os principais, THC e CBD. Então não cabe esse maniqueísmo, de que CBD é medicinal e THC é apenas recreativo, isso não tem base científica alguma. A mudança social desse entendimento já ocorreu, o que resta agora é a legislação acompanhar atualizando suas portarias, como já fez anos atrás com o CBD”.

Além disso, outra questão surgiu pelo fato do kit ter sido cedido para a Polícia Civil do Rio de Janeiro que comprovou sua eficácia. 

“Temos que pensar na segurança do paciente. Muitas pessoas têm preconceito sobre o kit. Mas a nossa preocupação não é prender ninguém. É um Kit desenvolvido dentro da UFRJ em parceria com a Fiocruz. E a nossa preocupação é com o paciente. Eu como professor quero que esta ferramenta forense possa ser usada por profissionais da saúde e que dê tranquilidade às pessoas. Minha relação com a Polícia Civil tem 20 anos e nós disponibilizamos para eles que comprovaram sua eficácia. Minha finalidade é que os óleos tenham realmente CBD, para que seja vendido com segurança para dar tranquilidade ao paciente e no caso de uma perícia a polícia já está familiarizada com o kit, foi neste sentido”, explicou o professor Cláudio que foi surpreendido pela polêmica. 

“Eu espero que a gente consiga estimular as pessoas e que elas olhem para a Cannabis sem preconceito. Em todas as formas de uso”, finalizou o professor deixando claro que o Kit foi desenvolvido para somar no ecossistema da Cannabis no Brasil.

A importância de testes colorimétricos e segurança no uso de óleos de Cannabis

Essencialmente os testes colorimétricos existem para garantir a segurança dos pacientes. Neste caso, em relação à composição dos óleos à base de Cannabis em tratamentos para diferentes patologias como Alzheimer, TEA, epilepsia e esclerose múltipla.

“Dado o grande leque de aplicações terapêuticas relacionadas aos canabinoides, a escolha de determinada composição se faz necessária para que o paciente possa tirar o melhor proveito do tratamento. Por exemplo, múltiplos quadros clínicos que manifestam crises de epilepsia requerem produtos com alta concentração de CBD em sua composição, enquanto quadros como esclerose múltipla e glaucoma o paciente terá maior benefício terapêutico quando tratado com produtos que contenham alta concentração de THC. A complexidade do sistema endocanabinoide faz com que seja preciso encontrar a melhor genética para determinado tratamento e para determinado paciente, por isso os reagentes colorimétricos se apresentam como uma ferramenta fundamental na busca por essa informação”, indicaram representantes do REAJA.

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