Sente que apresentar-se publicamente é a morte anunciada? Evita reuniões e encontros a ponto de se prejudicar? O jovem JFM, sob a capa de uma timidez e estilo de vida, não se compõe no meio social, laboral e acadêmico, paralisando-se. O sofrimento e desgaste para participar de situações essenciais é recorrente, crescente e marcantemente extenuante. Apesar de ser uma pessoa criativa e atualizada, percebe que perde oportunidades e relacionamentos por sua gigantesca inexpressividade inter-pessoal. Embora tenha a consciência desse irracional bloqueio social e medo agigantado do (pré) julgamento, paradoxalmente, sente-se não requisitado e segregado. O mal estar agrava-se nas situações inesperadas e desafiadoras. Brotam o suor frio, as sensações de desfalecimento, a taquicardia e o mal estar gastrointestinal emergencial, reforçando a memória fóbica.
Essa insegurança marcantemente prejudicial e infundada é um dos vários tipos de fobia relacionadas ao transtorno de ansiedade, desequilíbrio comportamental classificado como fobia social, merecedora de avaliação e correção.
O tratamento abrange a terapia de auto-conhecimento em busca de soluções pró-ativas, efetivas e de memorização de estratégias que permitam a agregação e reserva de experiências construtivas, muito embora a essa proposta, por si somente, possa representar uma circunstância fóbica.
As medicações, então, impulsionam a ruptura do ciclo anormal. O canabidiol, um dos importantes componentes da Cannabis sativa, é um excelente aliado com comprovada ação terapêutica. Ao simular elementos que o nosso organismo naturalmente produz, auxilia no equilíbrio físico de forma não agressiva e uniforme.
Um importante estudo na Revista Brasileira de Psiquiatria, Schier e colaboradores em 2012, referem que o canabidiol, é comparável a vários medicamentos de ação ansiolítica, com a superioridade na segurança, efeitos adversos, toxicidade e tolerabilidade. Evoluindo nas pesquisas, observa-se que as doses variam com a sensibilidade e integridade do sistema de cada indivíduo, natureza da doença e, nesse caso, de acordo com o tipo de ansiedade (transtornos do pânico, obsessivo-compulsivo, pós-traumático), mas curiosamente doses demasiadamente elevadas não demonstram maior efetividade.
Contudo, atenção! A comparação com o uso recreativo é fato impossível. Para os fins terapêuticos é preciso a seleção da linhagem legalizada da planta que apresenta a concentração dos canabinóides próxima da desejada para os fins terapêuticos bem como das condições controladas e autorizadas de plantio. Os componentes canabinóides são selecionados e quantificados por equipamentos e técnicas laboratoriais especializadas e acompanhadas da comprovação da exclusão da contaminação por agentes microbiológicos e componentes tóxicos.
A Dra. Christina Funatsu Coelho, médica neurologista, mestre e doutora em neurociências, é colunista do Portal Cannabis & Saúde. Para agendar uma consulta com a Dra. Christina clique aqui.
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