Tomar Clonazepam para dormir é uma realidade para boa parte das pessoas que perderam a capacidade de ter um sono natural.
Na tentativa de voltar a conviver com noites tranquilas, esse benzodiazepínico passa a ser visto como uma solução para a insônia – sintoma típico de transtornos comportamentais.
É o caso da ansiedade, um distúrbio que afeta 9,3% da população brasileira, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para essas pessoas, é uma tarefa aparentemente impossível se livrar das preocupações e fechar os olhos em paz quando vão para a cama.
Estando permanentemente excitadas e aflitas, é uma consequência até esperada que elas deixem de dormir bem.
É aí que entram em cena medicamentos como o Clonazepam, uma resposta rápida para o problema da insônia.
Afinal, a falta de sono é uma questão que exige uma solução imediata – ninguém pode se dar ao luxo de ficar sem dormir por dias ou semanas.
No entanto, essa saída pode cobrar um preço alto demais quando passa a ser utilizada constantemente.
Por isso, o canabidiol (CBD) vem sendo gradativamente incluído no rol de substâncias que podem substituí-la, com muitas vantagens adicionais.
Prossiga na leitura e descubra quais são!
Ainda que seja um sintoma, a insônia também pode ser um distúrbio.
Pessoas que sofrem dessa condição ou sentem dificuldade em adormecer têm um sono de pouca qualidade ou acordam constantemente durante a noite.
A insônia pode estar relacionada a diversos problemas de saúde, com destaque para a ansiedade, como vimos no tópico de abertura.
O estresse também é um potencial causador desse distúrbio do sono, em virtude da agitação inerente a ele.
Outro transtorno comportamental em que a insônia é um dos sintomas é a depressão, condição que atinge cerca de 12 milhões de brasileiros.
A relação de enfermidades que podem levar a pessoa a não dormir bem é muito grande, abrangendo doenças articulares, como a artrite, e até o Alzheimer, que afeta o sistema nervoso e o cérebro.
Portanto, existem inúmeros motivos para se desenvolver tal problema que, se não tratado, pode trazer graves consequências psicomotoras e prejudicar a memória e a concentração.
Sendo um distúrbio ligado à cognição e ao comportamento, há uma série de fatores de risco para que uma pessoa possa desenvolver insônia.
Um deles é o gênero.
Nesse caso, as mulheres são mais propensas que os homens a ter problemas com o sono, em parte por causa de disfunções hormonais.
A idade também é um aspecto de risco, já que, quanto mais velha, mais dificuldade a pessoa tende a ter para dormir.
Como você viu, indivíduos com transtornos de comportamento como ansiedade e depressão também sofrem com esse mal, que vem a ser um sintoma dessas doenças.
No entanto, a insônia também pode ser potencializada por hábitos ruins, como dormir em horários irregulares, realizar atividades agitadas à noite ou ingerir substâncias estimulantes em excesso, como o café.
Ela pode, ainda, ser crônica ou temporária.
Nesse último caso, geralmente se manifesta, por exemplo, em viagens ou quando a pessoa dorme em um local que não seja a sua casa.
Dormir é uma necessidade fisiológica básica.
Da mesma forma que precisamos nos alimentar, beber água e excretar regularmente, não há como viver sem boas noites de sono.
Por isso, quando não tratada, a insônia pode evoluir para problemas de saúde graves e ser a precursora de doenças do sistema nervoso, como o Alzheimer.
A despeito dos claros perigos que a privação de sono pode causar, já houve quem se arriscasse a ficar sem dormir em nome da ciência e de um lugar no Guinness, o livro dos recordes.
Uma das experiências mais famosas aconteceu em 1960, quando o jovem Randy Gardner entrou para a história depois de passar 11 dias e 25 minutos acordado.
No entanto, a experiência deixou marcas.
Depois dela, Randy desenvolveu insônia e tudo indica que nunca mais teve uma noite de sono tranquila.
Os riscos são tão sérios que o próprio Guinness deixou de aceitar novas tentativas de quebra do recorde de tempo sem dormir.
Há, ainda, um tipo de insônia raro que leva à morte.
É a Insônia Familiar Fatal (IFF), que é causada por uma alteração genética no tálamo, região do cérebro que coordena diversas funções e o ciclo circadiano.
Em geral, o diagnóstico de insônia é feito por anamnese (entrevista), na qual o médico procura avaliar se o paciente tem dificuldade para começar a dormir e para manter o sono.
Também busca saber se a pessoa desperta frequentemente durante a noite ou custa a voltar a adormecer após acordar.
Busca-se, ainda, avaliar se a insônia causa outros problemas associados, como cansaço, falta de energia e sonolência durante o dia.
Outros efeitos avaliados são o esforço para se concentrar, a falta de atenção e memória e as alterações de humor.
O médico também buscará saber se a dificuldade para dormir acontece com uma frequência de, no mínimo, três noites por semana e se persiste por, pelo menos, 90 dias.
Em muitos casos, os problemas para dormir começam quando a pessoa deixa de tomar certos cuidados simples.
O primeiro é evitar o excesso de luz à noite, afinal, o corpo só passa a entrar no estado que antecede o sono quando produz melatonina.
É esse hormônio que liga o “alarme” que diz que é hora de dormir e ele é acionado quando estamos em um ambiente escuro.
A insônia também pode ser evitada pela mudança de hábitos alimentares.
Nesse sentido, vale evitar comidas gordurosas a, pelo menos, duas horas antes de ir para a cama.
Finalmente, é importante também fugir de atividades intensas perto do horário de dormir e, principalmente, manter aparelhos eletrônicos desligados, em especial celulares.
Embora seja prescrito para pessoas com insônia, o Clonazepam é, na verdade, um medicamento indicado para tratar da síndrome do pânico e da epilepsia.
Por ser um potente sedativo, esse benzodiazepínico estimula o neurotransmissor GABA, diminuindo o fluxo de atividade cerebral e induzindo o sono.
Contudo, seu uso deve ser estritamente controlado, pois, como veremos a seguir, ele pode apresentar uma série de efeitos adversos, alguns bastante graves.
A lista de efeitos colaterais do Clonazepam é extensa, mas destacam-se:
A lista é ainda maior. Sendo assim, fica claro que, por mais eficaz que seja, o Clonazepam representa um risco muito grande, principalmente se for usado sem acompanhamento médico.
CBD é o acrônimo para canabidiol, um dos canabinoides mais potencialmente benéficos à saúde que se conhece.
Aliás, as plantas do gênero Cannabis contam com um verdadeiro “arsenal” de substâncias do tipo – ao todo, a ciência já catalogou mais de 100 canabinoides diferentes.
Todos eles se caracterizam por atuar em sinergia com o sistema endocanabinoide, cujo papel principal é regular a homeostase e restaurar o equilíbrio de diversas funções orgânicas.
No tratamento para a insônia, o canabidiol pode agir como um modulador das reações bioquímicas envolvidas no sono.
Há muitos fármacos que podem ser produzidos à base de canabidiol para melhorar a qualidade do repouso noturno, bem como aumentar a quantidade de horas dormidas.
Em comum, todos eles se valem das propriedades relaxantes e ansiolíticas do CBD para ajudar a restaurar uma rotina saudável de sono reparador.
A ciência ainda está avançando em relação ao entendimento sobre a forma como o CBD age no corpo humano.
Hoje, já existem estudos e pesquisas em quantidade (e qualidade) suficiente para sugerir a sua eficácia no tratamento de diversas doenças, distúrbios e condições.
Boa parte deles já observou que o CBD atua no organismo por meio dos receptores CB1 e CB2.
Esses dois neurotransmissores são responsáveis por captar o canabidiol ingerido para que ele exerça seu efeito modulador em várias reações bioquímicas.
No tratamento da epilepsia, por exemplo, o composto age inibindo as reações neurais que levam ao descontrole das sinapses no cérebro.
Já no caso da insônia, ele ajuda a restaurar a bioquímica indispensável para restabelecer o chamado ciclo circadiano, pelo qual o corpo entende quando é hora de dormir e de acordar.
Para isso, a pessoa que sofre da condição poderá administrar o produto à base de CBD de duas maneiras, como veremos a seguir.
Um dos entraves à livre circulação de produtos contendo canabidiol no Brasil é a criminalização do cultivo da planta e do consumo recreativo da maconha.
Claro que não se trata de defender o uso indiscriminado da substância, até porque há provas de que ela causa dependência química se ingerida desse modo.
A questão é que é preciso, ao mesmo tempo, regular o mercado sem perder de vista que ainda é crime circular com maconha, assim como plantá-la sem autorização judicial.
Talvez seja essa a razão pela qual a Anvisa só autorize o uso de medicamentos à base de CBD via oral ou nasal.
É o que diz o art. 10º da RDC Nº 327/2019, que é bem claro ao determinar que somente essas duas formas de uso são permitidas no Brasil, tanto para produtos nacionais quanto importados.
Como vimos, embora eficaz, o Clonazepam tem muitos efeitos colaterais, sendo alguns bastante danosos.
Portanto, há um preço relativamente elevado ao administrá-lo no tratamento da insônia.
Considerando esse risco, o CBD vem a ser uma opção mais segura, por apresentar reações adversas mínimas.
Sua eficácia para auxiliar a dormir melhor é tanta que ele ajuda a reparar o sono até mesmo quando usado para tratar de outras doenças.
De pacientes com Alzheimer a portadores de ansiedade, a lista de pessoas que passaram a ter um sono com mais qualidade com o CBD aumenta a cada dia.
São motivos que fazem dessa substância uma alternativa muito mais interessante do que o arriscado Clonazepam.
Mas isso não é apenas porque há pessoas obtendo bons resultados, mas também pelo que dizem as pesquisas científicas sobre o assunto, como destacamos a seguir.
Confira alguns dos estudos mais relevantes que sugerem a eficácia do CBD no tratamento da insônia:
Boa parte da comunidade médica ainda resiste à ideia de prescrever canabidiol, principalmente por desconhecer seus benefícios.
Além disso, há também os que não o receitam porque, de fato, as opções disponíveis no mercado brasileiro são escassas e caras.
Talvez sejam essas as razões que explicam as dificuldades que alguns pacientes têm para encontrar um médico que indique o tratamento com CBD.
No entanto, normalmente a busca por esse recurso só acontece quando a pessoa já não tem mais alternativas.
Ou seja, o canabidiol é, em diversos casos, a “última cartada”.
Sendo assim, a demora em obter o medicamento pode pesar decisivamente – tempo é questão de vida ou morte para muitos.
O portal Cannabis & Saúde reafirma sua postura e compromisso de ajudar quem precisa de orientação e suporte na hora de encontrar um tratamento à base de CBD.
Por isso, mantemos em nosso site uma relação atualizada de profissionais reconhecidos pela sua competência e por trabalhar com Cannabis medicinal.
Acesse a nossa lista de médicos credenciados, busque pelo especialista mais próximo ou, se preferir, agende sua consulta a distância.
A compra de canabidiol do exterior deve ser pautada conforme os procedimentos definidos pela Anvisa desde 2015.
Felizmente, boa parte da burocracia que existia antes foi removida, bastando agora somente a receita médica para dar entrada no pedido de importação.
Veja a seguir como fazer a solicitação.
Todo produto contendo canabidiol é de uso controlado, o que significa que só pode ser comprado mediante apresentação da receita médica.
O mesmo processo vale para adquirir produtos do exterior e que estejam sujeitos a controle sanitário quando ingressam no Brasil.
Por isso, use a nossa lista de médicos para encontrar um especialista que possa prescrever CBD e, com a receita em mãos, entre com a solicitação para importação.
A Anvisa desburocratizou bastante o processo para solicitar a compra de medicamentos com canabidiol do exterior.
Tudo pode ser feito online pelo formulário disponibilizado no site da agência.
O pedido pode ser realizado pelo próprio paciente ou por seu representante legal autorizado por procuração.
Hoje, a entidade de vigilância sanitária leva cerca de dez dias (ou menos) para se pronunciar, em função da nova RDC 570/21.
Se a resposta for favorável, o próximo passo é a compra.
Outro ponto importante é verificar se o medicamento a ser adquirido consta na relação dos que são autorizados pela Anvisa.
A importação pode ser um processo complicado para quem tem pressa, necessidade, mas pouco conhecimento dos trâmites exigidos.
Por isso, a dica é perguntar para o seu médico o contato no Brasil da empresa que importa o produto que ele receitou. Estas empresas normalmente realizam todo o tramite de aprovação na Anvisa, importação, desembaraço e entrega do produto na casa do paciente.
Dormir à base de medicamentos pode ser muito perigoso em virtude do risco de desenvolver dependência.
Além disso, tudo o que se faz pela via natural é sempre mais saudável.
É onde o CBD ganha ainda mais pontos, por ser uma substância que interage naturalmente com o organismo.
Por outro lado, isso não quer dizer que basta comprar o primeiro medicamento contendo esse composto que aparecer na frente.
Afinal, é preciso conhecer a dose certa, o perfil de canabinoides adequado e o tipo de óleo a ser administrado.
Portanto, o mais importante ao recorrer ao canabidiol para ter noites de sono mais tranquilas é se orientar com um médico.
Outra forma de ter referências é ler os artigos produzidos e publicados pela equipe de conteúdo do portal Cannabis & Saúde.
Aqui, você tem informação confiável sobre os assuntos mais relevantes envolvendo a medicina canabinoide e a própria Cannabis medicinal.
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