A esclerose lateral amiotrófica é uma doença que causa uma condição de saúde muito delicada e que exige cuidados constantes com esse paciente. Também conhecida pela sigla ELA, ainda não se sabe por quê ela aparece e provoca a degeneração dos neurônios motores que ficam no cérebro e na medula. Com o tempo a pessoa perde alguns movimentos voluntários e algumas funções vitais ficam comprometidas.
No dia 21 de junho é celebrado o Dia Nacional da Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica, para lembrarmos que as pessoas que vivem com essa condição tão incapacitante estão entre nós. A Dra. Christina Funatsu é neurologista e falou sobre a importância dessa data.
“É importante respeitar e colaborar com os esforços envolvidos para retardar a evolução e, principalmente, a manutenção honrosa e merecedora da vida e da sua qualidade não somente do indivíduo acometido, pois envolve as pessoas intimamente relacionadas. Embora de rara apresentação, é uma doença degenerativa progressiva e marcantemente limitativa dos movimentos, comprometendo também a capacidade de respirar e deglutir. As capacidades mentais de juízo crítico, planejativo, comunicação não-verbal e não-motora, interpretativo e criativo são preservadas.”
A ELA é uma doença rara, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, temos 1 caso a cada 50 mil habitantes, mas a doença afeta também familiares e cuidadores dessas pessoas. O paciente que tem o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica muitas vezes precisa de apoio tanto de pessoas, como cuidadores, quanto de equipamentos, como cadeiras de rodas, órteses e respiradores. E para auxiliar na qualidade de vida de tantas partes envolvidas podemos contar com a Cannabis.
Cannabis no tratamento da esclerose lateral amiotrófica
Estudos identificaram que a modulação do sistema endocanabinoide traz muitos benefícios para os pacientes com ELA. De início o impacto vem em situações cotidianas como comer e dormir melhor, mas as propriedades neuroprotetoras da Cannabis podem agir de forma a retardar a progressão da doença. Dra. Christina Funatsu analisou a influência dos canabinóides na evolução do quadro.
“No caso da ELA, pesquisas propõem a possibilidade da sua influência neuroprotetora na prévia evolução por influenciarem os mecanismo celulares de metabolismo e replicação gênica. Mas são estudos a longo prazo, não sendo no momento destinados para esse fim. O benefício que pode ser observado seria quanto ao controle de distúrbios gerados pelas limitações provocadas pela doença: ansiedade, sono de má qualidade, dores posturais e articulares.”
Dra. Christina Funatsu: “Muitos voltaram a sentir energia vital”
O tratamento para a ELA é à base de um medicamento para reduzir a evolução da doença e muito esforço com fisioterapia, fonoaudiologia e toda uma equipe multidisciplinar. Em uma visão abrangente, a neurologista notou que a Cannabis também atuou recuperando a motivação para que os pacientes se engajassem no restante do tratamento.
“Com a melhora da ansiedade e qualidade do sono, sentiram-se mais aptos e dispostos a colaborar com as atividades reabilitativas fonológicas, fisioterápicas e de adaptação aos equipamentos. Muitos voltaram a sentir a energia vital. Em especial, uma paciente minha, buscou outros meios tecnológicos de comunicação, adquirindo um equipamento que atende o comando ocular para escrever palavras.”
O diagnóstico precoce da ELA é fundamental para o sucesso no tratamento e na manutenção da qualidade de vida tanto do paciente quanto das pessoas que vivem no seu entorno, é importante buscar atendimento se surgirem alguns sintomas. Você pode marcar uma consulta com a Dra. Christina Funatsu clicando nesse link, e também há mais de 200 profissionais que podem te orientar e iniciar um tratamento com Cannabis na nossa plataforma de agendamentos.